Política

Hugo Motta descarta apoio a anistia total para envolvidos no 8 de janeiro: “Foi muito grave”


14/08/2025

Portal WSCOM

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não vê clima político para aprovar uma anistia abrangente que beneficie todos os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, há espaço para discutir uma proposta alternativa, voltada apenas a revisar penas consideradas excessivas para participantes com menor envolvimento nas invasões às sedes dos Três Poderes.

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“Ninguém quer fazer nada na calada da noite, de forma atropelada. O que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave e isso precisa ficar registrado para que — assim como aconteceu na última semana, no plenário da Casa — esses episódios não voltem a se repetir”, destacou.

Motta lembrou que um texto com esse perfil chegou a ser debatido no semestre passado e que a ideia teria maior receptividade entre diferentes bancadas. A possibilidade, segundo ele, seria permitir a progressão de regime para casos em que não houve papel de liderança ou planejamento de crimes graves.

Dados do Supremo Tribunal Federal indicam que, dos mais de 1,4 mil presos na ocasião, 141 permanecem detidos e 44 estão em prisão domiciliar.

O parlamentar também declarou que pretende retomar o diálogo sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do STF, reforçando que qualquer decisão precisa ocorrer de forma transparente e sem atropelos.

Ao comentar sobre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que permanece nos Estados Unidos após o fim do prazo de sua licença parlamentar, Motta disse discordar de posturas que, na avaliação dele, prejudicam o país ao defender sanções estrangeiras contra empresas e a economia brasileiras. Para o presidente da Câmara, interesses individuais não devem se sobrepor ao interesse nacional.

“Isso é uma coisa que não podemos permitir. Eu quero aqui registrar a nossa completa discordância com essas atitudes porque penso que são atitudes que trazem prejuízos consideráveis para pessoas, empresas e para a economia do país que não deveria estar sendo colocadas em discussão”.



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