O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestou contra a proposta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Nike de substituir a tradicional camisa azul da Seleção Brasileira por uma nova versão com predominância de tons vermelhos para a Copa do Mundo de 2026. Para o parlamentar, a camisa reserva do Brasil deve continuar sendo azul, como tem sido ao longo da história.

“Eu respeito quem gosta de qualquer cor, não tenho preconceito com nenhuma. Mas camisa número 2 da Seleção Brasileira, pra mim, continua sendo essa daí”, escreveu Motta em suas redes sociais, ao publicar uma imagem da tradicional camisa azul.

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A repercussão sobre o novo uniforme número 2 começou após a divulgação de que a Nike e a CBF aprovaram um modelo com base em cores como vermelho, laranja, rosa e preto, em um tom coral. O símbolo da marca Jordan, divisão da Nike, aparece em preto na parte frontal. Segundo informações do jornalista Diogo Dantas, o design foi desenvolvido nos Estados Unidos e tem foco exclusivamente comercial. Não há confirmação oficial da CBF, mas o lançamento está previsto para março de 2026.

A proposta provocou reações imediatas. Setores da sociedade criticam a mudança por considerarem que a nova paleta rompe com as cores da bandeira nacional — verde, amarelo, azul e branco. Além disso, muitos interpretam a escolha como uma tentativa de inserir conotação política à camisa da Seleção.

Isso porque, nos últimos anos, a camisa amarela foi associada a manifestações de grupos bolsonaristas. Já a cor vermelha é tradicionalmente ligada a partidos e movimentos de esquerda, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.