Paraíba

Houve fraude processual e execução da vítima, diz delegado sobre morte de empresário por policiais na Paraíba


25/03/2021

Portal WSCOM

O delegado Sylvio Rabelo, superintendente da 3ª Superintendência de Polícia Civil da Paraíba, concedeu entrevista na ontem (24), na Delegacia de Patos, onde prestou esclarecimentos sobre o caso envolvendo policiais civis de Sergipe que culminou com a morte do advogado Gefferson de Moura, na cidade paraibana de Santa Luzia.

Além do delegado Sylvio Rabelo, participaram da entrevista o delegado Seccional de Patos, Glauber Fontes, e o perito criminal Adriano Medeiros, que analisou o veículo do advogado.

A Polícia Civil da Paraíba já havia representado pela decretação da prisão temporária da equipe de policiais sergipanos que participou da ação, sendo o pedido atendido pelo Ministério Público e Poder Judiciário da Paraíba.  Os policiais sergipanos foram presos ontem em Aracaju (SE) pela Polícia Civil do mesmo Estado.

A morte do comerciante Geffeson de Moura ocorreu na noite da última quarta-feira (17). Segundo os primeiros relatos dos policiais sergipanos, a equipe estava em território paraibano para cumprir mandados de prisão expedidos contra um grupo que atua no roubo de cargas em Sergipe e que estava escondido na Paraíba. No entanto, segundo a versão dos policiais sergipanos, durante as diligências, eles se depararam com um veículo em atitude suspeita e com o condutor armado com uma pistola. Houve uma reação e os policiais atingiram o motorista, que ainda foi socorrido com vida, mas morreu em seguida.

No entanto, as informações não foram confirmadas pelas investigações. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB). Os trabalhos estão sob a coordenação dos delegados Sylvio Rabello e Glauber Fontes.

De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, segundo as investigações, houve fraude processual e execução da vítima.

“Os policiais apresentaram uma arma de fogo, afirmando que ela pertencia à vítima, mas rastreamos a origem e descobrimos que ela pertence a um policial militar de Sergipe e que não havia nenhuma queixa de roubo ou furto. O exame realizado no corpo da vítima mostrou que ela sofreu sete disparos de arma de fogo. E foi socorrida já sem vida ao hospital”, afirmou o delegado.

Os três agentes públicos ficarão custodiados na sede da Polícia Civil em Aracaju. Uma equipe de policiais civis da Paraíba irá até o local para realizar interrogatórios e demais diligências necessárias. “As investigações ainda não foram concluídas. Os trabalhos estão em continuidade. A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando de maneira técnica e imparcial”, destacou o delegado.



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