Saúde

Hospital Arlinda Marques realiza mutirão de cirurgias; 13 crianças serão benefic

Neste sábado


06/06/2015

O Complexo de Pediatria Arlinda Marques, que integra a rede hospitalar do Estado, realiza neste sábado (6) um mutirão de cirurgias. De acordo com o médico Daniel Rangel, coordenador do Serviço de Cirurgias Pediátricas do Arlinda Marques, 13 crianças serão beneficiadas com a realização de cirurgias de fimose e hérnias inguinal e umbilical. “Esse é um projeto piloto, mas a intenção da direção do hospital é realizar outros mutirões”, destacou Daniel Rangel.

Bruno Leandro de Souza, diretor geral do Hospital Arlinda Marques, explicou que esse mutirão de cirurgias tem como objetivo otimizar os serviços como também prestar uma assistência cada vez melhor a população paraibana. Ele afirmou que esses procedimentos cirúrgicos demoram pouco tempo e a criança passará poucas horas internada sendo liberada no mesmo dia.

Ele lembrou que recentemente aconteceu outro mutirão de cirurgias só que na área de cardiologia quando cerca de vinte procedimentos foram realizados no Hospital de Mamanguape. “O Governo do Estado tem se preocupado em levar uma saúde com qualidade e eficiência a toda a população paraibana e para isso vem reformando, construindo e equipando a rede hospitalar do Estado como também capacitando os profissionais de saúde”, destacou Bruno Leandro de Souza.

Bruno Leandro de Souza afirmou que o Hospital Arlinda Marques é referência em Pediatria para todo o Estado da Paraíba com a realização de procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade em várias especialidades a exemplo de cardiologia e neurologia, atendendo, inclusive, pacientes de outros Estados. “Temos procurado investir em tecnologia de ponta com profissionais capacitados para oferecer um atendimento com qualidade e eficiência e o Governo do Estado não tem medido esforços para garantir uma saúde com qualidade e eficiência a população paraibana não só na área de pediatria, mas de uma forma em geral, pois é visível as ações em todas as regiões da Paraíba não só na área de saúde mas também em outros setores considerados importantes para o desenvolvimento do Estado e para o bem estar da população paraibana”, comentou o diretor.

Sobre os procedimentos

Hérnia inguinal – Hérnia inguinal é a protrusão de uma alça do intestino através de um orifício que se formou na parede abdominal na região da virilha. As hérnias acontecem por descuido da natureza na formação dessa parede, que tem de suportar pressões muito altas.

As hérnias são mais comuns em crianças que apresentam os seguintes fatores de risco: história na família de casos de hérnia, fibrose cística, displasia da anca, testículos que não desceram e anomalias da uretra. No adulto, as causas mais comuns são as que provocam um aumento da pressão abdominal: obesidade, a gravidez, sobretudo a gravidez múltipla, atividades como levantar pesos, a tosse crônica que ocorre em doenças como a fibrose cística ou as infecções crônicas dos pulmões.

Hérnia umbilical – A Hérnia umbilical é uma protuberância anormal que pode ser vista ou sentida na região do umbigo. Esse tipo de hérnia se desenvolve quando uma porção do revestimento do abdômen, de parte do intestino e/ou fluido do abdômen se acumula através do músculo da parede abdominal.

Comum em bebês, a hérnia surge exatamente no local da cicatriz umbilical, geralmente, quando uma alça intestinal atravessa o tecido muscular. Baixo peso ao nascer e prematuros também são mais propensos a ter uma hérnia umbilical. As hérnias umbilicais são comuns, ocorrendo em 10 a 20% de todas as crianças.

Fimose – Fimose é a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande, ou cabeça do pênis, porque o prepúcio (prega de pele que envolve a glande) estreita a passagem. Nos primeiros meses de vida, existe uma aderência natural do prepúcio à glande. Porém, até os três anos, essa aderência desaparece na grande maioria dos meninos.

As principais causas da fimose são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável pela incidência de inflamações ou infecções que estreitam a abertura do prepúcio.

Higiene local é a melhor maneira de prevenir a fimose e evitar as postites (infecção ou inflamação do prepúcio). Exercícios ou massagens para arregaçar o prepúcio devem ser evitados, pois além de causar dor, podem provocar sangramentos e, como consequência, a formação de cicatrizes que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.

Não ocorrendo naturalmente o descolamento do prepúcio na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico e visa a facilitar a higiene do pênis, a diminuir o risco de bálano-postites (infecções do prepúcio e da glande), a corrigir a parafimose (estrangulamento da glande pelo prepúcio) e a permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.

O procedimento cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada do prepúcio. O ideal é que ele seja realizado entre 7 e 10 anos. A criança sai no mesmo dia do hospital e, em cerca de 4 dias, pode retomar as atividades normais. Os exercícios físicos, porém, devem ser evitados durante três semanas aproximadamente.



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