Bruno Gustavo Felisbino, de 37 anos, morto com 20 tiros no estacionamento do shopping Pátio Altiplano, em João Pessoa, no dia 28 de março, era um dos líderes de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada pela Polícia Civil do Paraná, que nesta terça-feira (23) realizou uma megaoperação contra a facção.

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A operação, que envolve cerca de 150 policiais civis com apoio das Polícias Civis de outros estados, cumpre 83 mandados judiciais, sendo 21 de prisão e 37 de busca e apreensão. As ações ocorrem em cidades do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Alagoas, incluindo Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Cascavel, Lapa, Piraquara, Balneário Camboriú, Itapema, São Francisco do Sul, São Paulo, Paranapanema e Maceió.

As investigações, iniciadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) em maio de 2022, revelaram que a organização lavava dinheiro por meio de empresas de revenda de veículos de luxo, lojas no ramo alimentício e barbearias localizadas em Curitiba, Santa Catarina e São Paulo. Durante o período investigado, o grupo movimentou mais de R$ 252 milhões, sendo que uma das revendedoras de veículos foi responsável por R$ 30 milhões em benefício do líder da organização.

Além de tráfico e lavagem de dinheiro, a investigação apontou o envolvimento do grupo em homicídios de rivais, motivados pela disputa pelo controle do tráfico de drogas no bairro Cajuru, em Curitiba. Pelo menos sete homicídios estão relacionados ao grupo criminoso.

A Polícia Civil também identificou práticas de ocultação de patrimônio, com a aquisição de veículos e imóveis de luxo. A operação desta terça-feira visa desmantelar a estrutura financeira e operacional da organização, que atuava de forma intensa em várias regiões do país.