Após a mediação do Ministério Público do Trabalho na Paraíba, os trabalhadores do Porto de Cabedelo (Companhia Docas da Paraíba), decidiram pôr fim na greve. De acordo com o procurador do Trabalho Flávio Gondim, que intermediou o acordo, a greve foi fruto de um impasse em torno de cláusula da convenção coletiva que trata da forma de pagamento do adicional de risco portuário, matéria objeto de discussão em dezena de processos judiciais.

“Havia, por parte dos sindicatos profissionais, uma preocupação de que o teor da nova convenção coletiva pudesse produzir repercussões indevidas no julgamento desses processos judiciais pendentes de julgamento. Graças ao bom senso e à boa vontade das partes, percebeu-se, durante a mediação, que tal receio poderia ser contornado mediante a inclusão de algumas ressalvas no texto da ata de negociação. Com a superação desse impasse, a greve foi suspensa, sendo imediatamente retomadas as operações envolvendo os dois navios que se encontram atracados no Porto de Cabedelo."

Após o acordo, ficou decidido a concessão de reajuste de 9,88% para a categoria, a manutenção da cláusula que trata da forma de pagamento do adicional de risco portuário, dentre outras decisões.

O termo foi assinado por representantes do Sindicato dos Operadores Portuários (Sindop/PB), o Sindicato dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga do Porto de Cabedelo, Sindicato dos Estivadores do Porto de Cabedelo, Sindicato dos Arrumadores do Porto de Cabedelo, Sindicato dos Trabalhadores de Bloco e Vigia e pelos operadores portuários do Porto de Cabedelo.