Saúde

Governo realiza Semana Mundial de Aleitamento Materno


31/07/2015

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, realiza no período de 1º a 7 de agosto a Semana Mundial de Aleitamento Materno (Smam), que esse ano tem como slogan “Amamentação e Trabalho – para dar certo o compromisso é de todos”. Na programação constam diversas atividades nas maternidades e serviços vinculados, como palestras, cursos por todo Estado, através da Rede de Bancos de Leite do Estado, e panfletagens. Já no dia 26 de agosto, será inaugurado o 26º Posto de Coleta de Leite Humano da Paraíba, no Hospital Regional de Taperoá.

A Semana Mundial de Aleitamento Materno é considerada um veículo de promoção, proteção e incentivo ao aleitamento materno e acontece simultaneamente em 120 países, tem como objetivo incentivar melhorias das condições de trabalho da mulher trabalhadora que amamenta na própria instituição, como por exemplo, criando Salas de Apoio à Amamentação, a extensão da licença maternidade paga de 120 para 180 dias, criação de creche no local de trabalho da mulher quando necessário, entre outros.

E dando continuidade às ações de promoção do aleitamento materno e doação de leite humano em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), as equipes dos Bancos de Leite Humano do estado darão suporte a essa população, com diversas atividades. “Nos dias 27, 29 e 31 de julho estamos oferecendo uma Formação em Manejo do Aleitamento Materno e Captação de Doadoras dos trabalhadores das Unidades de Atenção Básica do DSEI nos municípios de Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição, respectivamente”, disse a diretora do Banco de Leite Anita Cabral, Thaíse Ribeiro.

Já entre os dias 10 e 14 de agosto, será promovida uma Capacitação da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, em parceria com a SES, Ministério da Saúde e municípios da região metropolitana. “O evento tem por objetivo promover a amamentação e alimentação complementar saudável dentro das unidades de saúde, a fim de certificá-las como unidades que apoiam a saúde da criança”, explicou Thaíse. O público alvo da capacitação são as equipes dos municípios da região metropolitana de Bayeux, Conde e Cabedelo.

MTA – A iniciativa MTA – Mulheres Trabalhadoras que Amamentam é formada por técnicos capacitados para promover, apoiar, orientar e supervisionar a implementação de salas de apoio no setor público e privado e motivar os empresários e gestores para a adesão ao programa Empresa Cidadã, que atende a três eixos (prorrogação da licença-maternidade de 120 para 180 dias mediante concessão de incentivo fiscal, a criação de salas adequadas de amamentação nas empresas e a criação de creches dentro das próprias empresas ou o oferecimento do auxílio-creche).

“Na Paraíba, a meta atingida em 2014 foi a implementação de cinco salas de apoio à amamentação, dentre essas as primeiras que receberam as placas por representante do MS foram a Empresa Indaiá, a Maternidade Frei Damião, o Instituto Cândida Vargas, o Hospital da Unimed e Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, sendo esse o primeiro Hospital do Brasil de emergência a contemplar uma sala de apoio à amamentação, conferindo dignidade a suas trabalhadoras e acompanhantes que porventura estejam no período de lactação”, disse Thaíse.

Ainda segundo Thaíse, a meta para 2015 é a implementação das Salas de Apoio nos Hospitais ISEA (Campina Grande), Hospital Geral de Mamanguape e no Instituto Hospitalar Edson Ramalho. “Dados revelam que o trabalho fora de casa dificulta ou leva a interrupção da amamentação. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 34% das mães brasileiras, que voltam ao trabalho, deixam de amamentar, mesmo recebendo todos os benefícios trabalhistas da Constituição Brasileira de 1988 (Licença 120 dias, licença paternidade de 5 dias, etc), a maior parte das mulheres trabalhadoras formais desmamava antes de voltar ao trabalho. No entanto, é possível conciliar vida profissional e amamentação, desde que o local de trabalho faça a sua parte”, concluiu Thaíse Ribeiro.

Aumento da coleta – Entre os fatores que contribuíram para que a Paraíba conquistasse a maior rede de coleta de leite materno do Nordeste está o aumento da captação. Em 2010, foram coletados 4,7 mil litros e, em 2014, aumentou para 7 mil litros, além do número de crianças beneficiadas que aumentou de 5 mil para 11 mil. Ainda teve um acréscimo na quantidade de doadoras, de 4,5 mil para 6,5 mil.

Com todo esse investimento, a Paraíba conseguiu reduzir a mortalidade infantil em 80,44%, segundo dados do IBGE divulgados em 2013, cumprindo, assim, o quarto dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU).



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //