Economia & Negócios

Governo analisa autorizar saques de contas inativas do FGTS

Medida também foi adotada pelo governo Temer, em 2017


10/05/2019

Imagem meramente ilustrativa



O governo federal analisar repetir uma medida implantada no governo Temer: autorizar o saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

 

Pela regra, a retirada nesses casos só pode ser feita quando o trabalhador fica três anos fora do mercado formal, sem recolher para o Fundo. Em 2017, quando o saque foi autorizado, 25,9 milhões de trabalhadores foram beneficiados e R$ 44,4 bilhões foram injetados na economia.

 

A movimentação era limitada a contratos de trabalho extintos até 31 de dezembro de 2015. Agora, a ideia seria ampliar o prazo e permitir uma nova rodada de saques. Para isso, será preciso aprovação do Congresso.

 

“O FGTS vai sofrer reformatações, incluindo mudanças em sua governança, gestão e rentabilidade. Hoje, a rentabilidade é de 3% ao ano mais taxa referencial (que atualmente está zerada). Logo, em termos reais, descontada a inflação, ela é negativa, funciona como um imposto sobre o cidadão, em vez de ajudá-lo – disse Rodrigues Júnior, no 31º Fórum Nacional, nesta quinta-feira, na sede do BNDES no Rio”, explicou o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior.

 

Ainda segundo Rodrigues Júnior, o governo estuda quebrar o monopólio da Caixa na gestão do FGTS, abrindo a possibilidade para que outros bancos públicos e privados também participem do processo. A Caixa recebe por ano 5% do patrimônio do Fundo para fazer esse trabalho.

 

A reforma do FGTS incluirá também o FI-FGTS, fundo de investimento criado em 2007 e administrado pela Caixa, que aplica os recursos do Fundo de Garantia em projetos de infraestrutura. De acordo com ele, o governo está elaborando mudanças em todos os 228 fundos públicos que existem hoje no país para “dar a eles maior eficiência alocativa” – isto é, aplicar melhor o dinheiro. A lista desses fundos inclui desde o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) até o Fies, de financiamento estudantil. “Mas o FGTS é o principal. É um fundo com mais de R$ 500 bilhões em estoque, com fluxo de mais de uma centena de bilhões de reais. Então, mudanças serão estudadas de forma supercautelosa”, acrescentou Rodrigues Júnior.

 

 

 

 

Com informações Correios 24h
Portal WSCOM



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