Saúde

Governo adia exigência do comprovante de vacina de viajantes após ataque hacker contra ministério

Cobrança começaria neste sábado, 11, mas foi reavaliada após invasão de plataformas da pasta da Saúde. Exigência previa flexibilização para não vacinados, com quarentena de cinco dias


10/12/2021

(Foto: reprodução)

WSCOM com Estadão

O governo decidiu adiar em uma semana a entrada em vigor das medidas de restrição para viajantes que chegam ao Brasil. Uma portaria que entraria em vigor neste sábado, 11, exigia a apresentação de comprovante de vacinação ou, em caso de não imunizados, o cumprimento de uma quarentena de cinco dias no local de destino. Agora, um novo texto será publicado ainda nesta sexta-feira, 10, postergando a obrigatoriedade.

O motivo do adiamento é o ataque hacker sofrido pelo Ministério da Saúde na madrugada. A invasão tirou do ar dados de vacinação contra a covid-19 de usuários que acessam a plataforma Conecte SUS.

Estadão apurou que, num primeiro momento, a avaliação de integrantes da pasta é de que não houve qualquer comprometimento das informações da população vacinada, mas os dados seguem indisponíveis desde a 1h. A Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foram acionados nesta sexta-feira, 10, para investigar o caso.

Em Minas Gerais, onde visita hospitais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vinculou a obrigatoriedade de quarentena por causa do ataque. Questionada, a pasta, no entanto, não explicou a relação entre a exigência aos viajantes de outros países não imunizados e as plataformas do Ministério da Saúde.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério da Saúde informou que o “incidente” comprometeu “temporariamente alguns sistemas da pasta”. “O Departamento de Informática do SUS (Datasus) está atuando com a máxima agilidade para o reestabelecimento das plataformas”, afirmou a Saúde.



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