Política

Governistas condenam esvaziamento em CPIs na ALPB; oposicionistas rebatem

“Esdrúxula”


21/05/2015



A decisão da bancada da oposição de esvaziar as novas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) do Telemarketing e dos Pardais, instaladas na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), revoltou os deputados da base governista, nesta quinta-feira (21). Os oposicionistas alegam que as duas CPIs foram instaladas com o objetivo de extrapolar o limite regimental de três comissões – já existe a CPI da Telefonia em andamento – e engavetar a ‘CPI do Empreender’, arquivada pela Mesa Diretora.

A medida revoltou o presidente da ALPB, Adriano Galdino (PSB), autor do requerimento de criação da ‘CPI dos Pardais’, que visa investigar a cobrança indiscriminada de multas de trânsito. Ele afirmou que a oposição não exerce seu dever de contribuir com os assuntos de interesse da Paraíba. “A oposição só quer fiscalizar e criticar o governo e isso mostra que o papel da bancada oposicionista está menor do que deveria ser”, comentou.

O deputado Buba Germano, líder do chamado ‘blocão’ composto por partidos da base governista, considerou o boicote da oposição como "uma coisa esdrúxula”. “A oposição deveria se preocupar com outra coisa. O Empreender é um dos programas mais importantes do Governo e um dos maiores programas de inclusão produtiva do Brasil. Então, ao invés dos deputados boicotarem as CPIs, eles deveriam visitar a agroindústria em Picuí, que é do Empreender. Eu respeito à posição, mas não concordo”, disse, em entrevista à Rádio Arapuan FM.
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Oposicionistas rebatem
O líder da oposição, Renato Gadelha (PSC), argumentou que o boicote ocorreu primeiro do lado governista, quando os deputados criaram duas CPIs após o pedido de investigação contra o programa de microcrédito Empreender Paraíba, do Governo do Estado. Ele espera que a Mesa Diretora explique a origem dos requerimentos que criaram as comissões dos Pardais e do Telemarketing.

“A oposição não vai indicar membros para essas CPIs, porque entendemos que elas foram solicitadas depois do nosso pedido de instalação da CPI do Empreender. Como nós ainda vamos trazer isso para plenário e recorrer à justiça, não vamos participar dessas CPIs de Telemarketing e de Pardais”, justificou.

Já o líder da “minoria” – bloco parlamentar formado pelos deputados do PSDB, PSC, PTN e PRB -, Dinaldinho Wanderley (PSDB), disse que as CPIs do Telemarketing e dos Pardais são inconstitucionais. “Antes de instalar a CPI do Empreender, eu tive o cuidado de vistoriar todos os livros de requerimento e não existia até aquele momento o pedido da CPI do Telemarketing, existia apenas a solicitação do presidente Adriano Galdino, mas verbalmente em Plenário. Essa é a grande verdade e a oposição não reconhece essas duas CPIs”, argumentou.


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