Os governadores dos nove estados nordestinos se reúnem em Brasília nos dias 5 e 6 de agosto, em uma nova agenda conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é alinhar medidas de enfrentamento às tarifas impostas recentemente pelos Estados Unidos sob a gestão do presidente Donald Trump, que afetam diretamente setores estratégicos da economia nordestina.

A agenda começa na manhã da próxima terça-feira (5), com a participação dos governadores na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”, onde o presidente Lula discutirá os impactos das novas barreiras comerciais americanas. À tarde, os gestores estaduais participam da Assembleia Geral do Consórcio Nordeste, que reúne formalmente os representantes dos nove estados para definir estratégias conjuntas.

Na quarta-feira (6), a programação prevê uma reunião no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O encontro terá como foco o alinhamento político e institucional em torno de medidas emergenciais e estruturantes que minimizem os efeitos negativos do chamado “tarifaço” sobre as cadeias produtivas da região.

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O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, destacou a importância da ação integrada. “Defender a economia do Nordeste é defender o Brasil. E é com esse espírito que estamos somando forças”, afirmou. Para Fonteles, a união dos estados em torno de uma resposta coordenada demonstra maturidade política e responsabilidade com o desenvolvimento nacional.

A decisão de enfrentar o tarifaço de maneira articulada reafirma o protagonismo do Consórcio Nordeste como instrumento de cooperação regional. Desde sua criação, o consórcio tem sido uma alternativa eficiente para ampliar a presença do Nordeste nos debates nacionais, promover desenvolvimento sustentável e garantir mais equidade no pacto federativo.

A agenda em Brasília deverá culminar com o anúncio de medidas práticas voltadas à proteção de setores prejudicados pelas tarifas, como a agricultura, a indústria têxtil e o setor de energias renováveis — áreas onde o Nordeste tem se destacado nacionalmente.