Paraíba

Giucélia considera fala de Bolsonaro apologia ao estupro e pede punição

REPÚDIO


10/12/2014

A vice-presidente do Partido dos Trabalhadores da Paraíba (PT/PB), Giucélia Figueiredo, comentou nesta quarta-feira sobre a agressão sofrida pela deputada federal do PT/RS Maria do Rosário pelo também deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ): “Ainda estarrecida com a violência sofrida pela minha companheira de partido, a deputada Maria do Rosário”.

A vice-presidente do PT, que também é a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa (SEPPM), acrescentou: “O que foi dito pelo deputado Jair Bolsonaro não foram apenas palavras, mas, uma apologia criminosa ao estupro: ‘eu falei que não ia estuprar você porque você não merece’. Nenhuma mulher merece ou deve ser estuprada. Nenhum homem tem o direito de achar se deve, ou não, estuprar uma mulher”.

Após as declarações do parlamentar, milhares de pessoas se manifestaram nas Redes Social usando hashtags que mostravam o tamanho da sua indignação, e o PT emitiu notas de repúdio através das Secretarias Nacional de Mulheres e de Juventude do PT e da sua bancada federal.

Sobre os próximos acontecimentos, Giucélia espera que “realmente ele responda pelos seus atos, já que não é a primeira vez que Bolsonaro verbaliza o seu preconceito e o seu machismo”. “Bolsonaro quebrou o decoro parlamentar e por isto, deve ter seu mandato cassado. Esta deve ser uma reação da Câmara dos Deputados a esta ofensa que foi uma ofensa contra todas as mulheres brasileiras. Hoje fomos nós, as mulheres, ontem foram os homossexuais, amanhã poderão ser os negros, os índios…”, destacou.

A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa relatou que 2013 aconteceram mais de 50 mil estupros no país, o que significou que a cada dez minutos uma pessoa foi vítima de estupro no Brasil. “Essa atitude do deputado Bolsonaro só mostra que esse tipo de pensamento, esse tipo de tratamento com as mulheres ainda é algo muito presente na nossa sociedade, mas que deve receber todos a nossa indignação e repúdio”, finalizou.



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