Política

Golpe: Gilson Machado diz que Bolsonaro está ‘do lado da verdade’; esquerda espera prisão


10/06/2025

Na imagem Gilson Machado, novo ministro do Turismo, ao lado do presidente Jair Bolsonaro

Anderson Costa



Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depor na tarde desta terça-feira (10) a reportagem do Portal WSCOM buscou ouvir aliados e adversários do ex-chefe de Estado acusado de tentativa de golpe. Bolsonaro foi interrogado pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, e pelo Procurador-Geral da República Paulo Gonet.

Durante o depoimento Bolsonaro negou qualquer envolvimento em qualquer tipo de trama golpista, afirmou nunca ter assinado nenhum documento que pudesse indicar intenções antidemocráticas, convidou o ministro Alexandre de Moraes para ser o seu vice nas eleições de 2026 e se reafirmou inocente de qualquer das acusações feitas contra ele.

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Para o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, as falas do ex-presidente foram boas e que Bolsonaro teria feito de tudo para pacificar os militares. “Ele tá bem tranquilo, ele tá com o lado da verdade e a verdade é cristal”, afirmou o aliado. Para Machado, o inquérito tem DNA político parcial que persegue aos conservadores, mas se demonstrou tranquilo de que a direita e Bolsonaro conseguirão vencer.

Visão da esquerda

Já o presidente do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, Jackson Macêdo, afirmou que espera que Bolsonaro possa seguir se defendendo, mas que entende que as acusações contra o ex-presidente são graves e que há uma expectativa pela prisão do conservador. “Bolsonaro flertou com golpe militar durante todo o governo dele. Quando ele perdeu a eleição isso foi mais forte”, afirma Jackson.

Para Jackson este também é um momento único na história brasileira, pois também é um marco de que militares que atentaram contra a democracia nacional podem ir ao banco dos réus para serem julgados. “Coisas que já aconteceram na Argentina, já aconteceram em outros países aqui da América do Sul, no Chile, por exemplo. O Brasil agora parece que começa a assumir essa responsabilidade de julgar e condenar militares que tramaram contra a nossa democracia e contra a nossa Constituição”, definiu.

Já para o presidente do PSOL no estado, Victor Hugo, esse é um momento para o Brasil virar a página da sua história, demonstrando que aqueles que atentarem contra a democracia não ficarão impunes. “Essas pessoas estarem nos bancos dos réus é um demonstrativo disso”, refletiu. Para Hugo, o Brasil passará por uma mudança de rumo.  “Acho que o Brasil tá aprendendo realmente a lidar, a amadurecer a sua democracia”.



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