Política

George Morais critica base governista e cobra CPI do Hospital Padre Zé: “Discurso é frágil e contraditório”


26/06/2025

Anderson Costa

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, George Morais (União), criticou o discurso adotado pelos membros da bancada governista para buscar minimizar o pedido do seu agrupamento para que se abrisse uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI na Casa de Epitácio Pessoa para investigar as denúncias de que recursos provenientes de emendas e do setor público destinados ao Hospital Padre Zé teriam sido desviados durante a administração do padre Egídio de Carvalho Neto. “O discurso da bancada do governo para não apoiar a CPI do Hospital Padre Zé é frágil e contraditória”, afirmou o parlamentar em entrevista ao jornalista Anderson Costa.

Segundo George, o maior feito da CPI seria garantir que o tema não caísse no esquecimento e não se permitisse que o caso findasse em impunidade para qualquer eventual culpado pelo cometimento dos crimes apontados pelo Ministério Público em suas investigações. “O que a sociedade sabe de verdade sobre aquele escândalo? O objetivo da CPI é também dar transparência e publicidade para tudo que aconteceu”, afirmou o membro da oposição.

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Novas denúncias

George lembrou que recentemente membros da bancada governista se pronunciaram na tribuna da ALPB criticando membros do governo e mesmo sem nominar ninguém afirmaram que haveria pessoas dentro da gestão estadual que estaria fazendo uso político de programas de assistência social. “Recentemente deputados da base governista fizeram denúncias sobre o uso indevido de programa assistenciais, como, por exemplo, o programa Tá na Mesa, que estaria sendo usado como forma de impulsionamento de pré-candidaturas de secretários coincidência ou não os mesmos denunciados pelo Ministério Público pelo envolvimento no escândalo do Hospital Padre Zé. As coisas se entrelaçam”, declarou.

2026

Morais voltou a defender a crença de que a base governista que se apresenta hoje unida dando sustentação ao governo de João Azevêdo (PSB) estará rompida até as eleições de 2026. Para o parlamentar falta espaço para a quantidade de lideranças que possuem postulações majoritárias no grupo da situação e que esse seria um claro indicativo de que algum destes nomes que hoje reforçam o governo deixará o agrupamento e enfraquecerá o grupo.

George também rebateu a fala de governistas que afirmam que a oposição busca atualmente fomentar um espírito de divisão na base governista, pois de outro modo não haveria a possibilidade de que o atual agrupamento que governa a Paraíba perca as eleições. Segundo ele, seu agrupamento segue firme para a disputa de 2026 e muito mais forte do que se apresentou em 2022. “A gente está irmanado no mesmo objetivo, a oposição vem firme, forte e competitiva”.



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