Saúde

Genes influenciam propensão à infidelidade, diz estudo

Propensão


25/11/2014

Os pesquisadores concluíram que variações genéticas podem fazer com que tanto homens quanto mulheres tenham maior propensão a cometer adultétio.

O estudo, publicado na revista científica Evolution & Human Behaviour, analisou o comportamento de mais de 7 mil pares de gêmeos na Finlândia, com idades de 18 a 49 anos, todos em relacionamentos estáveis.

Os pesquisadores compararam as diferenças de comportamento entre casais de gêmeos: os idênticos, que compartilham todos os genes, e os fraternos, que apresentam diferenças.

Cerca de 10% dos homens e 6,4% das mulheres tinham pulado a cerca no ano anterior. Os resultados sugerem que 63% do comportamento infiel nos homens e 40% nas mulheres podem ser atribuídos à herança genética.

No caso das mulheres, os cientistas detectaram que variações em um gene chamado AVPRIA estava associado ao comportamento infiel. Este gene é associado à produção da arginina vasopressina, um hormônio envolvido na regulação do comportamento social e que mostrou ter influência em testes com roedores.

"Nossa pesquisa mostra que a genética influencia a possibilidade de pessoas fazerem sexo com parceiros fora de seu relacionamento", explica Brendan Zietsch, coordenador do estudo.

Origens da infidelidade

A infidelidade é um assunto que provoca mistério na comunidade científica, que tradicionalmente busca explicações na biologia evolucionária. Para homens, a poligamia seria explicada pela necessidade da preservação da espécie: mais sexo resultaria em mais filhos.

No caso das mulheres, porém, há divergências. Trair costuma ser visto como um tipo de "efeito colateral" provocado pelo comportamento masculino; ou então como resultado de uma ação mais instintiva: em tempos mais primitivos, ter filhos com vários parceiros reduziria a possibilidade de infanticídio.

Este debate fez com que os pesquisadores de Queensland examinassem também o comportamento de gêmeos de sexo diferentes. Pelo menos na amostra estudada, eles não identificaram nenhuma correlação significativa de promiscuidade de influência social.



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