Paulo Henrique Ganso marcando gol de fora da área e comemorando com raiva, batendo no peito. Era tudo o que o técnico são-paulino queria ver do meio campista, autor do segundo gol da vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, neste sábado, no Morumbi. Ousadia e entrega eram algumas das exigências de Muricy para o refinado camisa 10 tricolor.

"O Ganso precisa tomar gosto pelo gol. Ele agora está até falando que é artilheiro… O Ganso bate bem na bola", elogiou o comandante.

A comemoração extravagante do meia, segundo o próprio, ironicamente, aconteceu justamente porque em uma jogada anterior ele teria finalizado ao invés de tocar a bola para o companheiro, colocando o resultado em xeque.

"A gente teve chance de servir o companheiro mais bem posicionado e quase tomamos o empate. A comemoração… foi um desabafo pra torcida que nos apoiou", disse Ganso.

"Ele não tem esse tipo de reação, é muito tranquilo, até quieto demais. Mas é legal, tá vibrando, não era jogador de sofrer muito, mas tem colaborado demais", afirma Muricy, que vê seu atleta cada vez mais perto de retornar à seleção brasileira.

"Tem que ser competitivo mesmo, pra ele ter mais espaço na seleção, tem que ser competitivo, tem que sofrer. Jogador hoje em dia tem que sair esgotado de campo, fazer o máximo. Futebol é vibração também."