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Galo da Madrugada inunda o Recife com um mar de frevo

Mar de Frevo


09/02/2013



Além de passistas, bonecos gigantes e quatro carros alegóricos inspirados no tema deste ano: “O Rio São Francisco deságua no mar do frevo”.

O frevo, ritmo pernambucano que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, vai dominar os cinco quilômetros da folia, que tem início às 9h, com concentração na Travessa do Forte.

“Nossa expectativa é termos um mar de gente, mais de dois milhões de pessoas”, revela o presidente do bloco, Rômulo Meneses. A cantora Fafá de Belém é uma das que abrem o desfile, como convidada do puxador-oficial do Galo, Gustavo Travassos. O Maestro Spok fará uma conexão com a Bahia, unindo Carlinhos Brown e Armandinho em seu trio. O cantor André Rio canta junto com Toni Garrido, Luiza Possi faz dupla com Gerlane Lops, e o Quinteto Violado traz Marina Elali. Gaby Amarantos é atração confirmada no trio da cantora Nena Queiroga.

A música clássica também tem espaço no trio comandado por Ed Carlos, que recebe o maestro e violinista Israel de França em seu show. Rogério Rangel e Lia Sophia farão parceria com Almir Rouche e o desfile ainda inclui nomes como Elba Ramalho, Josildo Sá, Geraldinho Lins, Nonô Germano, Benil, Som da Terra, entre outros.

Artistas locais como Ed Carlos, Maestro Forró e o violinista Israel de França, sucesso na Europa, são algumas das atrações dos trios elétricos.

Além dos trios, o Galo mantém a tradição das alegorias e este ano vem com uma novidade: 20 bonecos articulados retratando figuras do carnaval. “Sempre estamos buscando abrilhantar o desfile com figuras do nosso carnaval para dar mais colorido a festa”, afirma o presidente do bloco.

Junto com os bonecos, o cortejo traz os tradicionais carros alegóricos, que vão homenagear as embarcações, as lendas e as riquezas encontradas nas águas do Velho Chico, um dos mais importantes cursos d’água do Brasil. Os projetos são do cenógrafo Ary Nóbrega, que assina as alegorias do Galo há mais de 20 anos. “Depois da pesquisa, a gente viu que o Galo e São Francisco têm tudo a ver, pois ambos geram energia e integram a nossa gente”, conta Ary Nóbrega.

No carro abre-alas, o Galo se junta a duas carrancas, figuras folclóricas que eram usadas na proa das embarcações, como forma de espantar os maus espíritos durante a viagem. O primeiro carro também representa a fruticultura tropical do Vale do São Francisco, a principal fonte de subsistência da população da região. O segundo carro remete à energia gerada pelas hidrelétricas do rio, com postes e linhas de transmissão. Outro carro exibe a Iara, também conhecida como a Mãe Dágua, sereia que, diz a lenda, vive nas águas do rio enfeitiçando os homens com sua beleza e atraindo-os para a morte. O quarto carro traz um barco a vapor, popularmente conhecido como “gaiola”.

De acordo com as tradições, a primeira gaiola navegou no rio São Francisco em 1870. "Esse é o rio da Integração Nacional, pois circula por vários estados, alimentando, dando energia, e oferecendo subsistência para os brasileiros", explica o presidente do Galo, Rômulo Meneses.



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