Justiça
Gaeco revela nomes de advogados investigados por fraudes milionárias em aposentadorias na Paraíba; confira
16/05/2025

Da Redação / Portal WSCOM
O Ministério Público da Paraíba revelou os nomes dos advogados investigados por fraudes em aposentadorias durante a segunda fase da Operação Retomada, deflagrada nesta sexta-feira (16). Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), os alvos atuavam junto a entidades de fachada para obter decisões judiciais favoráveis e aplicar descontos ilegais em benefícios previdenciários.
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Foram identificados como investigados:
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Hilton Souto Maior Neto, advogado e filiado ao Progressistas (PP)
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Guilherme Queiroz e Silva
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Armando Palhares Silva Júnior
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Rackson Santos de Lima
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Jairo Meletti
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Irley de Souza Carneiro da Cunha, chefe de cartório da Comarca de Caaporã
Segundo o Ministério Público, o grupo é suspeito de integrar uma organização criminosa composta por advogados e agentes públicos. Eles teriam estruturado um esquema que utilizava 11 entidades fantasmas, criadas exclusivamente para ajuizar ações coletivas com documentos falsificados, visando autorizar judicialmente os descontos nos proventos de aposentados e pensionistas, inclusive do INSS.
Confira a lista das 11 associações investigadas:
- PROBASP – Programa Brasileiro de Assistência aos Servidores Públicos
- PAAP – Associação Programa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas
- ABNACIONAL/ABRAP – Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas
- ANAPES/AAPB – Associação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social
- IABDC – Interativa Associação Brasileira de Defesa do Consumidor
- Associação em Defesa dos Direitos dos Consumidores
- ANDC – Associação ANDC em Defesa do Consumidor
- ABDC/GAC – Grupo Amigos do Consumidor
- PRONAS – Programa Nacional de Assistência Solidária
- ACAP – Associação Comunitária Amor ao Próximo
- ANDCONSEP – Associação Nacional de Defesa dos Consumidores e Servidores Públicos
As fraudes foram praticadas, segundo as apurações, com o uso da Comarca de Gurinhém, onde os processos tramitavam sob segredo de justiça, sem participação do Ministério Público, e em tempo recorde. A atuação irregular se estendeu por mais de 230 ações coletivas, atingindo mais de 100 mil vítimas em todo o país. O valor total desviado ultrapassa R$ 126 milhões.
Além dos descontos ilegais, os investigados também teriam operado mecanismos para remover registros em órgãos de proteção ao crédito sem quitação de dívidas, suspender parcelas de empréstimos consignados e reativar milhas vencidas de programas de fidelidade.
A Justiça já determinou o bloqueio de R$ 10 milhões em bens dos investigados, que ainda não se pronunciaram publicamente sobre as acusações.
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