Saúde

Futuras mamães podem usar algumas técnicas para reduzir a dor de parto

Parto


23/12/2014



 Dizem que uma das maiores dores que existem é a de parto. Porém, o conceito de dor muitas vezes é relativo. "A pior dor é sempre a que eu estou sentindo, mas a dor em si é algo muito difícil de mensurar", pondera a ginecologista e obstetra Telma Regina Mariotto Zakka, especialista em dor e coordenadora do Comitê de Dor Urogenital da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). Para a especialista, o mito vem desde a época em que a medicina ainda estava no início e as condições de nascimento ainda eram mais precárias e difíceis, com partos mais longos e mais riscos de morte para mãe e bebê.

Mesmo assim, é inegável que a dor existe, e ela ocorre principalmente devido às contrações para empurrar o bebê. "Uma cólica menstrual provoca dor, pois o útero precisa se contrair para expelir o sangue, imagine então a força de um útero com mais volume, para expulsar um bebê inteiro?", explica o obstetra Marcelo Burlá, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ). Além disso, a dilatação do colo também pode ser dolorosa, por ser grande. "Em geral no primeiro nascimento ele primeiro diminui, ficando com a circunferência de um dedo, e dilata até cerca de 10 centímetros de diâmetro", considera o especialista.

Mas existe um fator que até hoje pode piorar a dor de parto: o medo do que vai acontecer. "Se a mulher chegar assustada para o momento de dar a luz e não souber como vai ser, ela vai ter mais dor, por estar tensa diante do desconhecido", considera a obstetra Barbara Murayama, titulada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e diretora da Clínica Gergin, em São Paulo.

Mas não se preocupe! Existem técnicas para reduzir a dor e algumas delas são bem diferentes. Confira as mais comuns a seguir:Dizem que uma das maiores dores que existem é a de parto. Porém, o conceito de dor muitas vezes é relativo. "A pior dor é sempre a que eu estou sentindo, mas a dor em si é algo muito difícil de mensurar", pondera a ginecologista e obstetra Telma Regina Mariotto Zakka, especialista em dor e coordenadora do Comitê de Dor Urogenital da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). Para a especialista, o mito vem desde a época em que a medicina ainda estava no início e as condições de nascimento ainda eram mais precárias e difíceis, com partos mais longos e mais riscos de morte para mãe e bebê.

Mesmo assim, é inegável que a dor existe, e ela ocorre principalmente devido às contrações para empurrar o bebê. "Uma cólica menstrual provoca dor, pois o útero precisa se contrair para expelir o sangue, imagine então a força de um útero com mais volume, para expulsar um bebê inteiro?", explica o obstetra Marcelo Burlá, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ). Além disso, a dilatação do colo também pode ser dolorosa, por ser grande. "Em geral no primeiro nascimento ele primeiro diminui, ficando com a circunferência de um dedo, e dilata até cerca de 10 centímetros de diâmetro", considera o especialista.

Mas existe um fator que até hoje pode piorar a dor de parto: o medo do que vai acontecer. "Se a mulher chegar assustada para o momento de dar a luz e não souber como vai ser, ela vai ter mais dor, por estar tensa diante do desconhecido", considera a obstetra Barbara Murayama, titulada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e diretora da Clínica Gergin, em São Paulo.

Mas não se preocupe! Existem técnicas para reduzir a dor e algumas delas são bem diferentes. Confira as mais comuns a seguir:

Anestesias

A forma mais óbvia de reduzir a dor é usando anestesias, e pode ficar tranquila, pois elas podem ser usadas também no parto normal. O tipo de anestésico varia de acordo com o momento do parto em que será aplicado. "Podemos fazer na hora em que o bebê está saindo, no caso raquidiana no períneo e nas pernas; ou, a partir de uma certa dilatação no começo do trabalho de parto, pode ser dada a peridural, que tira a dor mas permite a movimentação", enumera a obstetra Barbara Murayama, titulada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e diretora da Clínica Gergin, em São Paulo. Elas também podem ser misturadas no chamado duplo bloqueio. E caso seja preciso abrir um pequeno corte na vulva para que o bebê saia, a chamada episiotomia, é feita também uma anestesia local.

Ter um acompanhante

A melhor forma de enfrentar o desconhecido é ter alguém amado ao seu lado, seja o parceiro, os pais ou alguma pessoa querida da parturiente. "Imagine chegar a um ambiente desconhecido e ficar ali sozinha? Existe até legislação dizendo que a mulher tem direito a um acompanhante na hora do parto", frisa a ginecologista e obstetra Telma Regina Mariotto Zakka, especialista em dor e coordenadora do Comitê de Dor Urogenital da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). Ela ressalta, inclusive, que em muitos lugares a equipe médica pode ser hostil ou mal educada com a gestante, e ter alguém junto intimida esse tipo de ação.

Para o obstetra Marcelo Burlá, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ), por mais que a paciente crie um vínculo com seu médico, o foco do profissional será o resultado do parto, e o acompanhante portanto tem um papel maior no conforto da paciente. Mas é importante que essa pessoa esteja preparada para ajudar, e acompanhe o pré-natal de perto pelos nove meses. "Para que entenda as fases do trabalho de parto, qual a interação com médico, quais os exames que serão feitos antes…", lista a especialista Telma. Na hora do desespero também é mais fácil ela ouvir a voz familiar do que atender algum comando do médico.

Respiração correta

Respirar é de suma importância para a vida, e também na hora de dar a luz. "Além de ser uma fonte de oxigênio, a respiração reduz a liberação de substâncias que pioram a dor e dá a mulher um controle emocional melhor", ressalta a obstetra Rossana Pulcineli, membro da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo) e professora associada de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mas o tipo de respiração muda conforme o momento do parto: na das contrações é melhor respirar lenta e profundamente, para oxigenar melhor o corpo da mãe e o bebê. Já no momento de expulsão, quando o bebê está saindo, indica-se a respiração cachorrinho, rápida e arfante.

Massagens relaxantes

Uma das funções do acompanhante pode ser justamente relaxar a gestante, e uma das formas de fazer isso é por meio de massagens, que colaboram com a hora do parto. "As contrações são esforços musculares e deixam a mulher inteiramente tensionada, por isso realizar massagens entre as contrações aumenta o conforto e o relaxamento", relaciona a obstetra Bárbara. Não precisa ser nada muito elaborado, podem ser apenas movimentos circulares com as mãos abertas pelas costas, nuca e ombros.

Movimento durante o trabalho de parto

Muita gente nem desconfia, mas a mulher não precisa ficar na cama durante o trabalho de parto inteiro. Algumas maternidades são equipadas com bolas de pilates e cavalinhos, instrumentos que estimulam a movimentação da mulher durante o trabalho de parto. Muitas vezes, essa sala pré-parto pode até se tornar o local de parto, caso não seja preciso uma cesariana de emergência. De acordo com um estudo realizado na Escola de Enfermagem Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), essa movimentação reduz o tempo de parto, e com isso diminui também as dores. "De pé, a ação da gravidade ajuda a puxar o bebê, e a parturiente não fica apenas deitada na cama pensando na dor, mudando o foco", considera Telma Zakka. Além disso, os movimentos com a bacia podem ajudar. "Acredita-se que eles melhoram a posição do bebê na bacia", expõe o obstetra Burlá.

Posição de parto

Aliás, ficar deitada durante o parto não é a posição mais interessante para mãe e para o bebê. De acordo com a especialista em dor Telma Zakka, são os médicos que mais se beneficiam com esse esquema, pois fica mais fácil puxar a criança, mas a parturiente sofre mais: "Estar deitada é uma posição antianatômica, pois obriga a mulher a fazer uma maior força abdominal do que ela faria sentada, por exemplo, aumentando a dor", considera a obstetra. Tanto que é assim que as mulheres davam a luz antes, de cócoras.

Exercício durante a gravidez

Fazer atividade física durante a gravidez ajuda a mulher a lidar com a dor. "O preparo físico ajuda em tudo, desde a respiração correta até o desenvolvimento de uma musculatura mais firme no abdômen, que dá a mulher mais controle do que está fazendo na hora do parto e também da dor", explica Bárbara. E não são apenas exercícios comuns que ajudam, existem treinamentos para a musculatura do períneo e pelves que reduzem a dor e as chances de lesões na hora da saída do bebê. "Eles são feitos com orientação do fisioterapeutas especializados em assoalho pélvico, fortalecem a região dos músculos da vagina, para torná-los mas flexíveis e fortes", descreve a especialista.

Cesariana evita a dor?

O único recurso que você não pode lançar mão é fazer uma cesariana para se livrar da dor! Hoje em dia esse tipo de parto tem sido feito diversas vezes, mas o ideal é que ele seja executado em algumas situações especiais. ?Ela é feita quando avaliamos que o parto não está evoluindo como deveria, se o bebê está sofrendo na barriga mas ainda não está próximo de sair pelo canal vaginal, casos de placenta descolada ou anterior ao feto ou quando o bebê está sentado, entre outras razões?, enumera a obstetra Bárbara. A cesariana também é opção para partos de risco, como gestantes com pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, entre outros, e quando os dois primeiros filhos já nasceram por esse procedimento.



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