O funcionário público João Batista Santos da Cunha, mais conhecido como João Cunha, ex-candidato a vereador da capital, procurou a redação do WSCOM Online, na tarde desta terça-feira (11), para contar a sua versão sobre operação policial ocorrida no último dia 6, no bairro do Bessa. Na oportunidade, ele e mais quatro pessoas foram presas acusadas de praticarem arrombamentos em, pelo menos, três lojas de departamento de João Pessoa. O grupo também é acusado de tentativa de suborno contra a autoridade policial.

“Eu não participei de nenhum assalto, sou inocente e quero que a justiça seja feita”, alegou João Cunha, que está em liberdade após decisão do juiz Manoel Gonçalves Dantas de Abrantes, da 3ª Vara Regional da Comarca de João Pessoa.

Ele alegou que foi preso por engano, após ter dado um carona ao sobrinho, também preso na ocasião. “Eu quero saber qual foi o crime que eu cometi? Porque a Polícia Civil e a Polícia Militar não divulgam o que me levou a prisão? Meus advogados estão estudando uma forma para que eu tenha essa reparação moral”, alegou.

Sobre a acusação de tentativa de suborno contra os policiais, João Cunha afirmou que, inclusive, deixou o telefone à disposição da Justiça para que seja quebrado o seu sigilo telefônico. “Podem vasculhar tudo, não existe ligação alguma minha oferecendo dinheiro aos policiais, eu quero que provem a acusação contra mim, quantas lojas eu arrombei? É um absurdo”, comentou.

João Cunha também negou que já esteja respondendo a um inquérito policial anterior ao caso. “Eu quero que as autoridades policiais provem isso também. Sou um cidadão limpo, trabalhador e com endereço fixo e não cometi crime algum”, finalizou.

Entenda
No último dia 6, a Uma operação deflagrada por policiais da Unidade de Polícia Solidária (UPS) do Geisel, ligados ao 5º Batalhão da Polícia Militar, conseguiu prender acusados de integrar uma quadrilha que arrombava lojas de departamento em João Pessoa. Os cinco homens presos são suspeitos de investir contra, pelo menos, três estabelecimentos comerciais na Capital. Com o grupo também foram apreendidos um carro, arma, munição, dinheiro e ferramentas.

Foram presos Higor Geovane Soares de Queiroz, de 23 anos; Josevaldo Gomes da Silva Júnior, 20; Júlio César da Silva, de 25 anos; Carlos Henrique Cunha da Silva, 26 e João Batista Santos da Cunha, 56.

Com os suspeitos, a polícia apreendeu um veículo Ecosport, de placas DLL-5442, três celulares, além de um revólver de calibre 38 milímetros e cinco munições. Dentro do Armazém Paraíba, onde ocorreu o arrombamento, e no prédio do Bessa, os militares também encontraram chave de fenda, pé-de-cabra, lanterna e alicate. Também foram recolhidos pelos policiais militares R$ 7,6 mil, em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100.