Nem o frio nem a chuva afastaram o público que compareceu na noite desta sexta-feira (25) à Cinemateca Brasileira, em São Paulo, para o lançamento do livro Luz, Cinefilia… Crítica!. A obra resgata a trajetória de Linduarte Noronha, jornalista e crítico de cinema paraibano, por meio de uma coletânea de textos publicados no jornal A União nas décadas de 1950 e 1960. O evento reuniu nomes de peso da crítica cinematográfica nacional, como Luiz Zanin Oricchio (O Estado de S. Paulo), Maria do Rosário Caetano (Revista de Cinema) e Luiz Carlos Merten.

Também marcaram presença o cineasta João Batista de Andrade, diretor de O Homem que Virou Suco, José Maria Lopes (especialista em restauração de filmes) e a pesquisadora Marília Franco, docente da Escola de Comunicações e Artes da USP, além de estudantes de cinema e até de paraibanos radicados em São Paulo, como Marcos Caetano (especializado em engenharia de tráfego, além de fotógrafo) e o médico Caio César Gonçalves. Este último presta uma consultoria médica para uma série da Netflix (‘Emergência Radioativa’, de Fernando Coimbra) que está sendo gravada em São Paulo, na área de saúde.

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A programação contou com a tradicional sessão de autógrafos e exibições especiais na Sala Oscarito. Foram projetados dois filmes dirigidos por Linduarte Noronha — Aruanda (1960) e O Cajueiro Nordestino (1963) —, além do curta Kohbac, a Maldição da Câmera Vermelha (2009), de Lúcio Vilar, que assina a direção e organização do livro. O filme narra em primeira pessoa o relato de Noronha sobre sua demissão da UFPB após o golpe civil-militar de 1964.

“Foi, sobretudo, uma noite de encontros e afetos, e de renovação do olhar sobre esse personagem multifacetado que foi Linduarte Noronha — especialmente o crítico de cinema, um papel que exerceu com maestria e que muitos ainda desconhecem”, afirmou Lúcio Vilar. O lançamento ocorreu a convite da diretora geral da Cinemateca Brasileira, profa. dra. Dora Mourão.