Futebol

‘France Football’ diz que Qatar comprou a Copa de 2022 e implica Ricardo Teixeir

2022


29/01/2013

 A revista ‘France Football’ publicou nesta terça-feira uma reportagem que diz que o Qatar pagou para conseguir sediar a Copa do Mundo de 2022.

A publicação francesa, que tem parceria com a Fifa na premiação de melhor do mundo, implica ainda altos dirigentes do futebol mundial, como Ricardo Teixeira (então presidente da CBF), o paraguaio Nicolás Leoz (presidente da Conmebol), o francês Michel Platini (presidente da Uefa) e até o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy.

A edição conta com uma reportagem de 20 páginas com o título de ‘Qatargate’, e aponta também uma possível influência do presidente do Barcelona, Sandro Rosell.

A revista diz trazer alguns dos elementos que considera suspeitos de terem influenciado no voto de alguns membros da Fifa, muitos deles baseados na investigação feita pela própria Fifa, através da Comissão de Ética presidida pelo americano Michael Garcia.

Segundo a ‘France Footbal’, o Qatar pagou "enormes quantidades de dinheiro" para comprar os votos necessários do Comitê Executivo da Fifa para conseguir organizar o Mundial de 2022. Na eleição, dia 2 de dezembro de 2010, o país asiático ficou com 14 votos contra 8 dos Estados Unidos. Austrália, Coreia do Sul e Japão também tentaram.

No centro da armação, ainda conforme a revista francesa, está o ex-presidente da Comissão Asiática de Futebol, Mohamed bin Hamman, que foi afastado da Fifa por suspeitas de corrupção.

Leoz entra na história por ter recebido o emir qatariano Hamad bin Khalifa al Thani (presidente da federação de futebol do seu país), para firmar acordos bilaterais justamente depois da eleição.

Julio Grondona (presidente da Federação Argentina de Futebol), diz a revista, está sendo investigado por relações comerciais com o Qatar, entre eles o fato de a Argentina ter enfrentado o Brasil, em Doha, dias antes da votação. O Qatar pagou US$ 7 milhões (equivalente hoje a R$ 14 milhões) para realizar esta partida, aponta a publicação.

Ricardo Teixeira, que passou a morar na Flórida desde que renunciou ao cargo de presidente da CBF em março de 2012, entrou na história por conta do amistoso e também, ainda segundo a ‘France Football’, por receber dinheiro proveniente do Golfo Pérsico.

Rosell, presidente do Barça, é relacionado porque a sua equipe tem um acordo com a Fundação Qatar e que no ano que vem mudará para a Qatar Airways.

A ‘France Football’ diz ainda que o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, teve um encontro com o príncipe Tami bin Hamad al-Thani e com Michel Platini, presidente da Uefa, que acabou mudando o seu voto depois da reunião.

Naquela reunião, de acordo com a "France Football", foi acordado que um grupo do Qatar compraria o Paris Saint-Germain e um canal de televisão dedicado aos esportes, compras que logo depois foram concretizadas.



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