Educação

Fórum debate futuro da produção audiovisual na Paraíba

Comunicurtas UEPB


19/11/2014

As perspectivas, os desafios e o futuro do cinema na Paraíba foram discutidos por diretores e realizadores da sétima arte no Estado, no Fórum Paraibano de Audiovisual, mais um evento realizado dentro da programação do IX Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB.

O fórum aconteceu na tarde desta terça-feira (18), no Cine São José, e reuniu representantes do Conselho Municipal, do Conselho Estadual e do Conselho Nacional de Cultura, além de diretores de vários municípios paraibanos. De forma unânime, eles reconheceram que a indústria audiovisual da Paraíba vive um bom momento, com a produção de bons filmes. No entanto, os cineastas ainda enfrentam dificuldades para colocar as produções no circuito nacional.

Conduziram o debate Hipólito Lucena, coordenador geral do Comunicurtas e membro do Conselho Nacional de Cultura; Kleyton Canuto, representante do Conselho Municipal de Cultura; Kaline Almeida, representante do Conselho Estadual de Cultura; e Cícero Alves, diretor do Cine São José e que representou a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). A atividade surgiu com a proposta de organizar a classe artística no sentido de buscar alternativas para impulsionar a arte na Paraíba.

Kleiton Canuto abriu o debate tratando da questão do fundo setorial de audiovisual do Ministério da Cultura. Ele falou do processo de profissionalização do mercado e anunciou a existência de recursos federais para o setor. A luta dos cineastas, segundo Kleiton, é em convencer o governo federal a descentralizar as verbas, contemplando estados fora do eixo Rio/São Paulo.

Ele enfatizou que a Paraíba sempre foi um Estado que produz cinema na contra mão de sua realidade econômica. No entanto, se sobra criatividade no chamado “cinema de guerrilha”, falta espaço no mercado para escoar as produções independentes. O maior desafio no momento é profissionalizar os cineastas que ainda atuam de forma independente, bem como buscar meios para distribuir no mercado o material rodado no Estado.

Diretor do premiado “Depois da Curva”, Helton Paulino elogiou a coordenação do Comunicurtas por abrir um debate tão relevante dentro do festival e também enfatizou que o maior desafio dos realizadores de cinema na Paraíba ainda é a distribuição das obras. “Produzir, até então, não é tão complexo, já que os diretores concorrem em editais de porte pequeno. Quando não é possível, a gente recorre às produções independentes. Só que é preciso escoar essa produção e exibir os filmes fora do circuito dos festivais”, observou.

O diretor Erik Medeiros destacou que o fórum precisa ser realizado para que os realizadores possam produzir seus filmes de forma profissional. ”Precisamos de debates como esse, visto que a conjuntura exige profissionalismo”, afirmou. A representante do Fórum Estadual de Cultura, Kaline Almeida, anunciou a abertura do processo para captação de R$ 4 milhões oriundos do FIC e disse que o fórum precisa discutir as estratégias para ter acesso aos recursos. Os diretores e produtores presentes no fórum se comprometeram em se reunir ainda este ano para aprofundarem as discussões, se possível, com um representante do Ministério da Cultura.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.