O Fluminense anunciou nesta segunda-feira (24) a demissão do treinador Fernando Diniz após a derrota para o Flamengo no último domingo, no Maracanã. A decisão veio após uma reunião de longa duração da diretoria do clube, motivada pela sequência de maus resultados que mantém o clube na lanterna do Campeonato Brasileiro.

Segundo o ge, Diniz, que estava à frente do Fluminense desde abril de 2022 em sua segunda passagem, receberá uma multa rescisória entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões. O auxiliar técnico Marcão assumirá interinamente o comando da equipe para a próxima partida contra o Vitória, na quinta-feira (27).

Em nota oficial, o clube destacou que “Diniz deixa como legado desta sua passagem não somente alguns dos títulos mais importantes da história de nosso clube, conquistados em 2023 e 2024, mas também o legado de um trabalho muito bem-sucedido em sua primeira etapa de sua atual passagem, ensinamentos importantes sobre sua maneira de entender o futebol e uma visão humanística que no todo trazem enorme contribuição a este esporte”.

Nos últimos dias, Diniz admitiu que a equipe relaxou após as conquistas da Libertadores e da Recopa. Em entrevista no domingo (23), ele mencionou o relaxamento do time, e após a derrota para o Cruzeiro, quatro dias antes, afirmou que a equipe foi “muito leniente” após os títulos.

O Fluminense venceu apenas uma das 11 partidas disputadas no Brasileirão até agora, acumulando três empates e sete derrotas, caracterizando o pior início de campeonato na história do clube nos pontos corridos. Em 22 de maio, a diretoria havia renovado o contrato de Diniz até dezembro de 2025, demonstrando a confiança que inicialmente depositava no treinador.

Diniz teve seu melhor momento no clube em 2023, com a conquista do Campeonato Carioca e o inédito título da Libertadores. Em 2024, também levantou a taça da Recopa Sul-Americana ao vencer a LDU. Ele encerra sua segunda passagem pelo Fluminense como o treinador mais longevo do clube no século 21, superando Abel Braga, com um total de 783 dias no cargo.

Além de seu trabalho no Fluminense, Diniz foi eleito o melhor técnico da América do Sul pelo jornal uruguaio “La Nación”, na tradicional votação de “Rei da América”, superando técnicos renomados como Abel Ferreira, Lionel Scaloni, Luis Zubeldía e Marcelo Bielsa.

Diniz também teve a oportunidade de comandar a seleção brasileira durante este período, porém, com resultados menos expressivos: em seis jogos, obteve vitórias contra a Bolívia e o Peru, um empate com a Venezuela e derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina.