Política

Flávio Bolsonaro chama Renan Calheiros de vagabundo, que retruca e senadores protagonizam barraco na CPI da Covid-19


12/05/2021

Senadores Flávio Bolsonaro e Renan Calheiros discutem na CPI da Pandemia (12.mai.2021) Foto: Marcos Oliveira e Leopoldo Silva/Agência Senado

Portal WSCOM

A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal, nesta quarta-feira (12), terminou em bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Após o depoimento do ex-secretário da Secretaria de Comunicação do Governo Federal, Fabio Wajngarten, Flávio chamou Renan de “vagabundo” e recebeu resposta: “vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”.

Apesar de não ser membro da CPI e de acompanhar os trabalhos sem o terno e a gravata habituais dos parlamentares, Flávio participou da sessão com o ex-secretário Fabio Wajngarten e marcou presença apenas com o tumulto final, sem ter feito qualquer fala ou pergunta antes disso.

O filho de Jair Bolsonaro disse que ‘cidadão honesto’ como Wajngarten não poderia ser preso por vagabundo como Renan. “Quem disse que entrevista à Veja é parâmetro para falar a verdade aqui ou não?”, indagou ainda. Ele continuou os xingamentos a Renan em entrevista após o fim da sessão.

ENTENDA

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, no Senado Federal, pediu a prisão de Fabio Wajngarten por declarações contraditórias. Wajngarten negou que a Secom tenha feito campanha contra medidas de isolamento ou a favor de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19. Senadores apresentaram vídeos e peças publicitárias que, segundo eles, contradizem a fala do ex-secretário. O pedido de Renan, contudo, foi negado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

Ao menos três senadores defenderam a prisão de Fabio Wajngarten por mentir em seu depoimento: Renan Calheiros, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabio Contarato (Rede-ES).

Declarações que o ex-chefe da Secom fez à Veja foram negadas aos senadores, mas um áudio desmentiu o depoente. Além disso, houve mentiras sobre campanha publicitária do governo e sobre o afastamento do ex-secretário em março por Covid.

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