Futebol

Flamengo vence o Atlético-PR por 2 a 0 e fatura o tricampeonato da Copa do Brasi

Tricampeão


27/11/2013

O Flamengo não fez uma pré-temporada adequeda, não abandonou o Estadual, onde não chegou sequer às finais de turno, não esteve nem perto de lutar por uma vaga no G4 e ainda teve quatro técnicos ao longo da temporada. Apesar da falta de planejamento, qualidade exaltada durante todo o ano na equipe do Atlético-PR, o Rubro-negro passou por cima de todos os percalços e sagrou-se campeão da Copa do Brasil em noite em que o Maracanã foi mais uma vez pintado de vermelho e preto.

Em comunhão com sua torcida, que lotou o estádio desde a primeira partida do clube no estádio, contra o Cruzeiro pelas oitavas de final, o Flamengo superou o Furacão com gols do volante Elias e do Brocador Hernane, mais do que nunca já transformado em ídolo da Nação, por 2 a 0 e ergueu o caneco do mata-mata nacional pela terceira vez em sua História.

Tricampeão do mata-mata nacional e garantido na Libertadores da América do ano que vem, o Mais Querido agora festeja o título nas partidas de encerramento do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o time visita o Vitória, em Salvador. Ainda buscando vaga para o torneio continental, o Furacão encara o Santos para tentar se manter na vice-liderança do Nacional.

O jogo

O duelo de rubro-negros começou um pouco diferente em relação ao jogo de dia, em Curitiba. Menos estudados, os minutos iniciais da partida viram Luiz Antônio dar as cartas em favor do Flamengo. Aos seis minutos, o volante recebeu de Paulinho e experimentou de fora da área, obrigando Weverton à primeira defesa da decisão.

No desenrolar da etapa inicial, contudo, Flamengo e Atlético-PR contou com os ingredientes já aguardados na mistura de uma final de campeonato. Aos 22, André Santos apareceu em velocidade pelo lado esquerdo e chocou-se com Weverton na área. O lance ríspido incomou o atleta do Furacão, que foi tirar satisfação com o lateral, disparando a primeira confusão do duelo.

Com o Flamengo trocando passes sem objetividade em sua intermediária de ataque e o Atlético-PR apostando nas esticadas para a dupla Éderson e Marcelo Cirino, a partida caiu num marasmo onde sobraram erros de parte a parte e poucas oportunidades criadas. Aos 38, um lance de claro nervosismo. Felipe tentou virar bola para o zagueiro Manoel e o passe saiu torto, escapando pela lateral.

Três minutos depois, o principal lance de perigo do primeiro tempo. Em falta muito bem cobrada, Luiz Antônio, responsável por quatro finalizações até ali, acertou o travessão de Weverton, fazendo o Maracanã prender a respiração.

O segundo tempo manteve o padrão dos 45 minutos anteriores. Nervosos, os dois times preferiam não arriscar, mantendo seus estilos de jogo. O Flamengo, cadenciando o jogo com seus laterais e Elias e o Atlético-PR, tentando sair em contra-ataque nos raros espaços cedidos pela defesa do Mais Querido.

Aos 11, antes do primeiro chute gol da etapa complementar, Vagner Mancini lançou o Furacão à frente, com a entrada do atacante Dellatorre no lugar do volante improvisado na lateral-esquerda Felipe. Em resposta, o técnico Jayme de Almeida colocou o cabeça de área Diego Silva no lugar do armador Carlos Eduardo, seis minutos depois.

Pouco depois, Hernane bateu firme para a primeira defesa do segundo tempo e a partida ganhou em emoção em seus 25 minutos finais. Mais incisivo, o Atlético passou a ameaçar a meta de Felipe, especialmente com bolas alçadas na área. Atento a isso, Mancini trocou Éderson por Ciro, ganhando mais poder no cabeceio.

Com as mudanças, a lógica do jogo inverteu-se. Precisando de um gol, o Furacão passou a pressionar mais e o Flamengo começou a tentar encaixar um contra-ataque mortal, que quase saiu aos 34 minutos, quando Paulinho limpou Luiz Alberto já dentro da área, mas acabou chutando em cima do marcador em lance claro de gol.

Daí em diante, a tensão imperou no Maracanã, especialmente após a entrada de mais um zagueiro no time do Flamengo: González no lugar de Léo Moura, mandando Luiz Antônio para a ala direita. Aos 39, porém, foram os cariocas que assustaram em voleio bem executado por Hernane, que Weverton encaixou, sem chances de rebote.

Pouco depois, Weverton nada pode fazer. Depois de Paulinho achar Hernane livre na área e o goleiro salvar em grande defesa, o Brocador retribuiu o passe e o camisa 26, após driblar desconcertantemente seu marcador, cruzou rasteiro para Elias, o destaque do Flamengo, tocar no contrapé do camisa 1 e fazer a Nação Rubro-negra explodir em euforia e já gritar ‘Tricampeão’.

Logo depois do tento do camisa 8, André Santos e Ciro se estranharam e receberam o cartão vermelho. Restavam cinco minutos, acréscimo de tempo dado pelo árbitro gaúcho Leandro Vuaden. O nervosismo, apesar do fundo musical dos 70 mil flamenguistas, manteve-se. Inteligente, o Flamengo conseguiu prender a bola em seu campo de ataque durante boa parte do tempo extra e completou a festa com o artilheiro da Copa do Brasil, o Brocador Hernane, completando cruzamento de Luiz Antônio segundo antes do último apito do juiz para fazer a emoção da torcida transbordar o Maracanã e alcançar os quatro cantos do Brasil em vermelho e preto.

 



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