Futebol

Felipão avalia deixar o Cruzeiro, que monitora nomes no mercado

Promessas feitas ao técnico no momento da contratação não estão sendo cumpridas; contrato vai até o fim de 2022, mas não tem multa em caso de rescisão pedida por Scolari


12/01/2021

Luiz Felipe Scolari Cruzeiro — Foto: Bruno Haddad

Ge.com

Irritado com o momento do Cruzeiro fora do campo, o técnico Luiz Felipe Scolari não tem permanência garantida para a temporada 2021. Apesar de ter contrato até o fim de 2022, Felipão não descarta um pedido de demissão após o fim da Série B. Não há multa prevista em caso de rescisão por parte do treinador.

Promessas feitas ao treinador na reunião em que selou a contratação, em Porto Alegre, não estariam sendo cumpridas. Entre elas, estava a obrigação manter os salários em dia. Hoje, os atletas estão com duas folhas em atraso, além de não terem recebido o 13º salário.

Os funcionários, em geral, também estão com salários atrasados. Felipão tem sido um “para-raios” do clube neste sentido. O treinador é perguntado constantemente sobre previsão de pagamento, mas não tem uma resposta da diretoria. Mais um fator que o deixa insatisfeito.

À época, também ficou acertado que o Cruzeiro pagaria uma dívida na Fifa, que o impedia de realizar contratações. Promessa cumprida, tanto é que Rafael Sobis, Giovanni e William Pottker puderam ser registrados. No entanto, uma nova punição, agora na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), proíbe o clube, desde o fim de novembro, de registrar atletas no profissional e na base.

A insatisfação de Luiz Felipe Scolari já ficou clara depois da vitória sobre o Sampaio Corrêa, na última sexta-feira, quando ele afirmou que precisaria ter uma conversa com André Mazzuco, novo diretor de futebol, para ter certeza sobre uma “segurança maior”.

De olho no mercado

Internamente, a diretoria do Cruzeiro está ciente da possibilidade de Felipão não seguir. O clube conta com ele para o projeto de 2021, mas também está atento ao mercado, observando possíveis substitutos, focando, sobretudo, em profissionais que tenham experiência na Série B.

Este ano, antes de acertar a contratação de Luiz Felipe Scolari, este era o perfil buscado pela diretoria de futebol, tanto é que foi atrás de Umberto Louzer (Chapecoense), Lisca (América-MG) e Marcelo Chamusca (então técnico do Cuiabá). Outro nome cogitado pelo clube à época foi Felipe Conceição, que fez um trabalho de retomada na Série B de 2019, com o América, ficando a um ponto ao acesso à elite.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.