O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que a gripe aviária não deve provocar impactos relevantes nos preços da carne de frango e dos ovos, mesmo com a suspensão temporária das exportações para alguns países. Segundo ele, pode haver um leve excesso de oferta nas próximas semanas, mas o cenário é de estabilidade.

“Pode haver excesso de oferta em 10 a 15 dias de carne de frango, mas vemos estabilidade”, declarou Fávaro nesta terça-feira (20).

A expectativa é que ainda hoje seja concluído o processo sanitário na granja de Montenegro (RS), onde foi registrado o único caso de gripe aviária em instalação comercial no Brasil. Os funcionários do local permanecem isolados e sob monitoramento.

Caso não haja novos registros da doença nos próximos 28 dias, o Brasil poderá declarar o fim da emergência zoossanitária, segundo o ministro. Ele também ressaltou que a maior parte da produção avícola — cerca de 70% — é destinada ao mercado interno, o que deve ajudar a manter os preços estáveis.

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O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, informou que das 538 propriedades dentro do raio de 10 km do foco da gripe aviária em Montenegro, metade já foi inspecionada. Ao todo, cerca de 17 mil aves morreram ou foram sacrificadas, e 70 mil foram descartadas por precaução. Além disso, aproximadamente 30 milhões de ovos férteis da granja afetada já foram rastreados e estão sendo destruídos nos estados do Paraná e de Minas Gerais.

Desde maio de 2023, o Ministério da Agricultura realizou mais de 2.500 investigações sobre possíveis casos da doença, reforçando os protocolos de segurança sanitária no país.

Segundo Goulart, o Brasil notificará à Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) o encerramento do caso 28 dias após a eliminação do foco. Ele também explicou que a reabertura de mercados internacionais não está diretamente condicionada ao reconhecimento do país como livre da gripe aviária.