{arquivo}Os pais, familiares e amigos do jovem Higor Natan, assassinado a tiros no dia 7 de outubro de 2014, lembraram a passagem do aniversário de 22 anos do rapaz, que seria comemorado nesta quinta-feira (9), em forma de protesto em semáforos no bairro dos Bancários, em João Pessoa. Na oportunidade, eles distribuíram panfletos, conversaram com as pessoas e cobraram da Justiça celeridade no julgamento dos três acusados pelo homicídio, que devem ser submetidos a júri popular.

“É o primeiro aniversário que estamos sem Higor Natan, é uma dor imensa que sentimos. Todos os dias eu choro, eu me lembro dele, mas, essa nossa luta é constante. Estão aqui os pais, demais familiares e amigos do nosso filho, que estão clamando por uma justiça célere nesse momento, porque é doloroso passar por esse período em que temos que aguardar o julgamento, isso é uma tortura para todos nós”, disse o bancário Edson Borges, pai do jovem.

Edson Borges explicou ainda que o protesto foi uma forma encontrada pela família para relembrar as pessoas sobre o caso, e cobrar mais segurança pública no bairro dos Bancários, onde a família de Higor Natan reside. Segundo ele, a região necessita de um melhor aparelhamento do Estado para o combate à criminalidade.

“Nosso protesto é tanto para prender os assassinos do meu filho, pois, um acusado ainda está solto, como para cobrar a paz no nosso Conjunto dos Bancários. Que tenha mais policiais, mais delegacias e postos de polícia, rondas, enfim, é isso que a gente está clamando. Essa é uma luta não só nossa, mas de todas as famílias do bairro. Só a sociedade se impondo, indo as ruas é que a gente obterá êxito”, comentou.

Entenda o crime
O estudante universitário e corretor de imóveis, Higor Natan foi executado na porta de sua residência, no bairro dos Bancários, na Capital. A Polícia Civil aponta no inquérito que o homicídio pode ter sido motivado por um relacionamento ocorrido entre o suspeito do crime e a namorada da vítima. As investigações foram conduzidas pelo delegado Reinaldo Nóbrega.

O principal suspeito pelo crime, o técnico de segurança eletrônica, Rafael Nunes Monteiro, de 21 anos, nega o crime. Ele está preso desde o mês de novembro. A mãe de Higon Natan, Dina Rodrigues Figueiredo, diz que presenciou todo o crime e que chegou a entrar em luta corporal com o acusado.

A família de Higor Natan espera que os acusados venham a ser julgados por homicídio doloso, em júri popular. “Essa é a nossa expectativa. O acusado será ouvido, as testemunhas serão ouvidas, a família, a mãe que presenciou a morte do filho. Enfim, todos os elementos apontam para a condenação desse rapaz”, disse Edson.