Após a intimação feita ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante a sua internação na UTI, nesta quarta-feira (23), as opiniões sobre a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram divididas dentro e fora da internet. Em João Pessoa, os vereadores Fábio Lopes (PL) e Marcos Henriques (PT) assumiram lados opostos nesta discussão.

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Em entrevista ao Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (24), Fábio Lopes afirmou que o que aconteceu com o ex-presidente foi inconstitucional. “Mais uma vez teremos nossa constituição rasgada, que é o que está acontecendo no nosso Brasil. O artigo 1.244 é bem simples: morte e velório, enfermidade, hospital UTI, não se deve ter nada entregue”, defendeu.

Em nota, o STF declarou que a “divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de ontem (22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje (23/4)”. Quando questionado sobre essa justificativa, o parlamentar seguiu defendendo que houve uma “irregularidade”.

“Ele fez uma entrevista pro programa de forma toda monitorada, dentro do trabalho dele, e usaram esse artifício aí, mas a regra é clara, não se pode rasgar a Constituição. A lei tá bem clara, deveria ter sido respeitada”, afirmou.

Em contrapartida, o vereador petista defendeu a ação e ainda acrescentou que a facada que o ex-presidente sofreu foi uma farsa. “Na verdade, todo mundo sabe que o que Bolsonaro está passando é uma farsa. Aquela facada eu acho que foi uma farsa. Ele não tem credibilidade. Eu não tenho dúvida que tudo isso que está acontecendo é pra ele se vitimizar e mudar a situação da inelegibilidade dele”, apontou.

“Eu acho que foi certíssimo o ministro Alexandre de Morais citá-lo na UTI. […] Não existe nenhum tipo de perseguição, existe a lei sendo cumprida. Como eles não gostam de lei, ficam dizendo isso”, rebateu o vereador.