Entretenimento

Exposição ‘Inversa Perspectiva’ Wellington de Medeiros

INVERSA PERSPECTIVA


26/01/2017



Nesta sexta -feira, 27 de janeiro, às 20h, a galeria de arte da Usina Cultural Energisa apresenta a exposição individua do artista plástico paraibano Wellington de Medeiros, selecionado no Edital de Ocupação da Galeria para 2016-2017. A mostra, nomeada de ‘Wellington de Medeiros’, é aberta ao público e fica em cartaz de 27 de janeiro a 26 de fevereiro, de terça a domingo, das 14h às 20h, na Galeria de Arte da Usina Cultural Energisa, em João Pessoa. ‘Inversa Perspectiva’ é a última exposição do edital de ocupação 2016/2017.

A Exposição traz cerca de 30 obras de arte entre pinturas, instalações e objetos. ‘Inversa Perspectiva’, mostra individual do artista Wellington de Medeiros, natural de Campina Grande, propõe um diálogo com o espaço da galeria, explorando parcialmente suas paredes, piso e parte do teto, fixando imagens e projetando desenhos no espaço utilizando fitas isolantes que simulam estruturas a partir da conexão entre alguns elementos arquitetônicos. Ao mesmo tempo, pinturas afixadas nas paredes estão conectadas com os desenhos espaciais que se projetam em diversas direções. O objetivo é subverter a perspectiva e a linearidade, negando certos princípios que impõem-se como normas de percepção e de comportamento.

Ao todo, com o Edital 2016-2017, foram selecionados 11 artistas, todos paraibanos. São eles: Edilson Parra, Luiz Barroso, Adriano Dias, Jas-One, Conceição Myllena , Vanessa Cardoso, Thaynara Medeiros, Petrus Vinicius, Carlos Silva, Potira Maia, Edilson Parra e Wellington de Medeiros. Os selecionados ocuparam a programação de arte visual da Usina com seis exposições, distribuídas durante o período oferecido pelo edital, sendo quatro delas individuais e duas coletivas. A exposição individual do artista Wellington de Medeiros encerra as mostras selecionadas pelo edital de ocupação 2016/2017.

A programação de arte visual da Usina é aberta ao público e tem intuito de incentivar e expandir a cultura e a arte local aos Paraibanos.

Serviço:

Exposição ‘Inversa Perspectiva – Wellington de Medeiros

Data: Abertura nesta sexta-feira, 27 de janeiro, às 20h (vernissage)
Exposição aberta ao público de 27 de janeiro a 26 de fevereiro, de terça a domingo, das 14h às 20h.
Local: Usina Cultural Energisa
Rua João Bernardo de Albuquerque, 243 – Tambiá – João Pessoa-PB
Entrada Gratuita

Contato Curadoria:
Curadoria: Dyógenes Chaves
Tel: (83) 9 8808-7877

Contatos do Artista:
Wellington de Medeiros
wellingtondemedeiros@gmail.com
(83) 98750-5111
www.wellingtondemedeiros.com.br
www.facebook.com/wdemedeiros

Sobre Inversa Perspectiva

Os trabalhos da exposição ‘Inversa Perspectiva’ apresentam composições distorcidas e aparentemente impossíveis, proporcionando possibilidades de percepção espacial diversas daquelas que experiências nas representações lineares da realidade. Segundo Pável Floriênski, a perspectiva não existe na realidade, sendo uma mera representação simbólica dessa mesma realidade. Por outro lado, a perspectiva inversa abre uma janela para a subversão da representação linear simbólica, propondo a percepção de novas realidades e perspectivas também simbólicas.

Minha pesquisa visual parte da investigação de formas de representação da realidade para além daquela que percebemos e registramos. Partindo de fotografias, observações e registros visuais de ambientes e objetos, me interesso em traduzir o que é tangível para signos visuais e pictóricos que desconstroem a complexidade visual cotidiana, explorando questões que tangenciam o representacional e o abstrato. Planos, sombras, cores e texturas compõem a linguagem visual presente em meus trabalhos de pinturas, enquanto a linha e a sugestão de planos e perspectivas distorcidas dão formas aos trabalhos em escultura efêmera e site specific.

As pinturas são executadas em óleo sobre tela ou madeira, e elaboradas a partir de fotografias de objetos e ambientes construídos onde estruturas aparentes instauram formas complexas. Ao serem transpostas para as telas, as estruturas adquirem caráter construtivista, porém de forma desordenada e caótica, onde a perspectiva é dissolvida em composições que, apesar de sugerir certa ordem, revelam-se também desordenadas, caóticas e complexas.

O processo de execução da pintura deixa marcas das máscaras utilizadas para a construção das formas sobre a tela. Essas marcas “sujam” a superfície, agregando um valor espontâneo e de autenticidade à imagem. As pinturas exigem certo tempo de contemplação, quando seus elementos pictóricos revelam-se aos poucos. O olhar segue linhas que por vezes sugerem caminhos seguros, mas que são desconstruídos no encontro com outros elementos dissonantes, desestabilizando a sensação de profundidade. Outras vezes, campos de cor e tinta direcionam o olhar para áreas e regiões inesperadas no espaço pictórico. Dessa forma, a obra é mais ativa que passiva, e não se entrega de imediato, colocando questões próprias do universo da pintura. O processo de produção das obras é lento, justapondo e confrontando a ansiedade da busca pela construção da ordem e o reconhecimento e a aceitação da desordem impressa na superfície das obras.

Os desenhos espaciais são efêmeros e elaborados com fitas isolantes pretas. Todo o trabalho é resultante de extensões físicas e lineares dos componentes arquitetônicos presentes no local da exposição. Os elementos do ambiente são escolhidos para que sofram intervenções, extensões e aproximações pelo uso das fitas. Desta forma, o trabalho resulta em uma espacialidade nova materializada em linhas suspensas, possibilitando uma nova configuração para o ambiente, revelando espaços potenciais até então inexplorados. Podemos ter uma experiência entre o que é construído de fato e o que é sugerido espacialmente através de linhas em um desenho geométrico solto no espaço da galeria. A espacialidade e as estruturas geradas resultam em uma dimensão estruturante, porém frágil, permitindo a visão através dos espaços contornados e vazios.

Sobre o artista:

Wellington de Medeiros é natural de Campina Grande, Paraíba, onde vive e trabalha. Sua formação acadêmica inclui: graduação em Design (Universidade Federal da Paraíba-UFPB, 1988), mestrado em Artes Visuais (Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS, 1998), e doutorado em Design (Inglaterra, 2007). EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: 2017 – Inversa Perspectiva. Usina Cultural Energisa. João Pessoa/PB. 2015 – Os Dois Lados da Janela. Centro Cultural Banco do Nordeste. Sousa/PB. 1998 – Corpo nos Corpos. Pinacoteca da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS. 1995 – A Canção do Carandiru. Galeria de Arte do Teatro Municipal. Campina Grande/PB. 1994 – Museu de Arte Assis Chateaubriand. Campina Grande/PB. EXPOSIÇÕES COLETIVAS: 2015 – Confluentes. Galeria Lavandeira. João Pessoa/PB. 1999 – Centro de Artes Visuais Tambiá. João Pessoa/PB. 1998 – Mestres 1998. Pinacoteca da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS. 1998 – Center for Book Arts Annual Artist Member Exhibition. Livro de artista intitulado Versus. Trabalho realizado em co-autoria com Paulo Silveira. Nova York/EUA. 1997 – Coletiva 26X26. Galeria Casa 26. Porto Alegre/RS. 1995 – Nova Pintura Campinense. Galeria Archidy Picado. Espaço Cultural José Lins do Rego. João Pessoa/PB. 1994 – XXVI Salão de Arte Jovem. Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos. Santos/SP. Prêmio Menção Honrosa. 1994 – VI Salão Municipal de Artes Plásticas-SAMAP. João Pessoa/PB. Prêmio Menção Honrosa. 1988 – I Arte Atual Paraibana. Espaço Cultural José Lins do Rego. João Pessoa/PB. 1988 – Artistas Paraibanos Expõem. Galeria Metropolitana Aloísio Magalhães. Recife/PE. OBRAS EM ACERVOS: SESC Nacional. Museu de Arte Assis Chateaubriand. Campina Grande/PB. CURADORIA: 2015 – Hiatos. Exposição coletiva de artistas de Campina Grande. Museu de Arte Assis Chateaubriand. 2002 – I Paraíba Mostra Design. Campina Grande/PB. 2001 – II Paraíba Mostra Design. Campina Grande/PB. 1999 – Arte Contemporânea da Paraíba. Museu de Arte Assis Chateaubriand. Campina Grande/PB.

A Usina

A Usina Cultural Energisa, desde sua criação em 2003, tem sido palco de grandes eventos, como o Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (Cineport), Prêmio Energisa de Artes Visuais, entre outros. E a Usina não para. Uma programação mensal com projetos permanentes como Usina da Música, Domingo na Usina, Violadas, e espaços como a Galeria de Arte, Livraria da Usina, Espaço Energia e Café da Usina, atraem diariamente um público interessado em apreciar shows, concertos, exposições, lançamentos de livros, cinema, teatro.

Em 2015, retomamos a ocupação da galeria de arte da Usina com uma série de exposições, coletivas e individuais, com destaque para a produção local e propondo o reconhecimento desses artistas, notadamente daqueles talentos surgidos no Arte na Empresa, programa de exposições realizado ininterruptamente pela Energisa, na Paraíba, desde 2008, nas cidades de Patos, Campina Grande e João Pessoa.

As exposições desta temporada “local” se estenderão até meados de 2017, sendo a galeria ocupada periodicamente por coletivas e individuais, de artistas selecionados pelo Edital de Ocupação da Usina Cultural Energisa 2016-2017. Com essa iniciativa, o público tem oportunidade de melhor conhecer a produção dos artistas da nossa terra.

É a Usina Cultural Energisa, que cumpre o seu papel na geração de cultura e arte, fazendo dessa honrosa missão um marco de aproximação entre artistas e público. 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.