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Explosão em Nova York deixa 29 feridos; hipótese de terrorismo é fraca

PÂNICO


18/09/2016

Uma explosão sacudiu o movimentado distrito de Chelsea de Manhattan na noite de sábado, ferindo pelo menos 29 pessoas, no que autoridades descreveram como um ato intencional, criminal, enquanto os investigadores dizem não ter encontrado evidências de "conexão com terror".

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e outras autoridades da cidade afirmaram que os investigadores descartaram um vazamento de gás como a causa da explosão e se recusaram a especificar exatamente o que eles acreditavam que poderia ter provocado a explosão.

Neha Jain, de 24 anos, que vive no bairro, disse que estava sentada em casa assistindo a um filme quando ouviu uma enorme explosão e tudo sacudiu.

"Quadros caíram da minha parede, a cortina da janela voou como se houvesse uma grande rajada de vento", disse ela à Reuters. "Então nós pudemos sentir cheiro de fumaça. Nós fomos lá embaixo para ver o que aconteceu, e bombeiros disseram para que voltássemos imediatamente."

A polícia disse que uma varredura no bairro após a explosão encontrou um possível "dispositivo secundário", quatro quarteirões de distância, que consistia em uma panela de pressão com fios ligados a ele e conectados a um telefone celular.

Moradores que vivem nas proximidades foram aconselhados a ficarem longe de janelas para a rua como precaução, e o item foi movido depois com segurança para uma análise mais aprofundada pela polícia, disse o oficial Christopher Pisano.

Neste domingo de manhã, a polícia ainda estava procurando determinar por que o item não havia sido detonado, disse o tenente da polícia de Nova York Thomas Antonetti.

Panelas de pressão cheias de explosivos e detonadas com dispositivos de temporização foram usadas ​​por dois irmãos em Massachusetts, em 2013, na Maratona de Boston, em um atentado que matou três pessoas e feriu mais de 260.

A última explosão aconteceu menos de uma semana depois que autoridades em todo o país estavam em alerta máximo para o 15º aniversário do 11 de setembro de 2001, no ataque com aviões sequestrados que matou cerca de 3 mil norte-americanos em Nova York, Washington e Pensilvânia.

"Não há nenhuma evidência neste momento de uma conexão com terror", disse o prefeito em uma entrevista coletiva cerca de três horas após a explosão. "Não há nenhuma ameaça específica e crível contra Nova York neste momento, de qualquer organização terrorista."

(Reportagem adicional de Frank McGurty e Angela Lua em Nova Iorque, Alex Dobuzinksis em Los Angeles, Tim Ahmann e Mark Hosenball em Washington)
 



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