Política

Ex-gerente da Petrobras é condenado a 15 anos de prisão

OPERAÇÃO LAVA JATO


25/09/2017

O juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves a 15 anos e dois meses de reclusão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa. A sentença foi publicada por volta das 11h desta segunda-feira (25). Outros quatro réus do mesmo processo também foram condenados.

Gonçalves foi alvo da 39ª fase da operação e é acusado de receber propina a partir de contratos da estatal. Moro também decretou a interdição Gonçalves de cargos ou funções públicas. O juiz também determincou o confisco de R$ 4,2 milhões em contas do ex-gerente e de offshores das quais é beneficiário final.

O ex-gerente foi o sucessor de Pedro Barusco na Gerência Executiva de Engenharia da estatal. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, quando Barusco deixou o cargo, passou a Gonçalves o "bastão" da propina paga pelas empreiteiras.

A denúncia, que foi aceita em abril deste ano, cita dois contratos firmados com a Petrobras para a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que somam mais de R$ 5 bilhões. Os consórcios contratados foram o Pipe Rack e o TUC, integrados pelas empreiteiras Odebrecht e UTC.

Do valor total dos contratos, o MPF acredita que tenham sido pagos R$ 56 milhões em propinas.



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