Futebol

Europol desmantela rede internacional de corrupção no futebol

Europa


04/02/2013



 A Europol (organização da Polícia Europeia) informou, na manhã desta segunda-feira, que desmantelou uma rede internacional de corrupção no futebol, que envolveu investigações em 30 países e resultou na prisão de 50 pessoas.

De acordo com o diretor da Europol, Rob Wainwright, 425 pessoas, entre jogadores, árbitros e dirigentes, estão entre os envolvidos no esquema. Além disso, segundo Wainwright, houve prática ilegal em pelo menos 380 jogos profissionais na Europa, e outros 300 na Ásia, América do Sul e América Central. Entre as partidas suspeitas, estão dois jogos da Liga dos Campeões (um disputado na Inglaterra), confrontos das eliminatórias da Copa do Mundo, das eliminatórias da Eurocopa e "muitos grandes jogos das ligas europeias". A Europol ainda não divulgou os nomes de envolvidos e nem as partidas que teriam sido manipuladas, uma vez que o processo judicial está em curso.

– É um grande problema para a integridade do futebol europeu – disse Rob Wainwright, em entrevista coletiva reproduzida pela emissora inglesa BBC.

Ainda de acordo com a Europol, a combinação de resultados gerou lucros de pelo menos 6,9 milhões de Libras (aproximadamente R$ 21,6 milhões) – somente em apostas na Alemanha – e houve pagamentos ilícitos de pelo menos 1,73 milhões de Libras (cerca de R$ 5,4 milhões) para os envolvidos.

Entre os países envolvidos na investigação estão Alemanha, Áustria, Eslovênia, Grã-Bretanha, Hungria, Holanda e Turquia. Wainwright também informou que a Europol emitiu 28 mandados internacionais de prisão, além das 50 pessoas que já foram presas. A investigação durou cerca de 18 meses.

Após o anúncio da Europol, a Uefa emitiu um comunicado no qual diz que vai esperara mais detalhes da investigação para saber que medidas tomar.

“Esperamos receber mais informações nos próximos dias. No âmbito da luta contra a manipulação de resultados, a Uefa está a cooperar com as autoridades nestas matérias, como parte de uma política de tolerância zero contra essa prática no nosso esporte. Assim que a Uefa tiver em mãos detalhes da investigação, serão repassadas às instâncias disciplinares competentes com a finalidade de que se tomem medidas adequadas”, diz trecho da nota.



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