Saúde

Estudo aponta a chegada da quarta onda da Covid-19 na Paraíba após festejos juninos

Pesquisa da UFCG indica que a liberação do uso de máscaras, a variante Ômicron e suas subvariantes, estagnação da vacinação e aglomeração em eventos favorecem a transmissibilidade do vírus


01/07/2022

Multidão acompanha show de Gusttavo Lima no São João de Campina Grande (Foto: Codecom/PMCG)

A União



Comemorando a tríade de Santo Antônio, São João e São Pedro, mais da metade das cidades paraibanas realizaram, pelo menos, um festejo junino. Em outras, com maiores polos festivos, a festa pode durar semanas e, até, um mês inteiro. Como o caso de Campina Grande, que sedia o Maior São João do Mundo, realizado em 30 dias.

As festas, no entanto, podem representar a chegada da quarta onda de contaminação pela Covid-19 na Paraíba.

Um estudo que vem sendo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) observa, no último boletim publicado, evidências que apontam para a quarta onda de casos. Isto porque o Estado e a Rainha da Borborema tiveram aumentos relevantes de 100,25% e 121,28%, respectivamente, passando de 2.448 novos casos para 4.902 em toda Paraíba e de 282 para 624 em Campina Grande. Os números de óbitos também aumentaram.

O professor Josenildo Brito, que lidera o estudo, indica que além da movimentação da curva, em tendência ascendente, a liberação do uso de máscaras, a variante Ômicron e suas subvariantes, estagnação da vacinação e aglomeração em eventos – com os festejos juninos – favorecem a transmissibilidade do vírus e se apresentam como possíveis fatores que podem contribuir para uma iminente quarta onda de Covid-19.

Apesar do aumento nas notificações de novos casos, a situação epidemiológica na Paraíba pode ser pior. Segundo Josenildo Brito, há a possibilidade de subnotificação de casos, levando em consideração que nem todo mundo que apresenta sintomas busca a testagem.

“Há indícios de grande subnotificação e a busca pelo atendimento e testagem nos postos de saúde e unidades de pronto atendimento, privadas ou públicas, parece ser menor”, destacou o pesquisador.



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