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Espetáculos Baldio e Ogroleto entram em cartaz em João Pessoa

EM JOÃO PESSOA


16/08/2016



O grupo Pavilhão da Magnólia é um dos expoentes grupos de teatro de Fortaleza, com uma prática voltada para ações que movimentam a cena cultural da cidade. O Pavilhão acabou de completar em 2015, 10 anos de atividades, com produções para o palco, rua e para o público adulto e o infantil. Com o convite para participação no 41º Festival de Inverno de Campina Grande-PB o grupo segue em circulação do seu repertório passando por João Pessoa e compondo a programação do fim de semana do Centro Cultural Piollin.

Na bagagem os espetáculos: “Baldio” para o público adulto em sessão única, no dia 19/08(sexta) ás 20h e “Ogroleto” para o público infantil e duas sessões, uma no dia 20/08 (sábado) e 21/08(domingo) sempre ás 17h, ambos na Casa grande do Centro Cultural Piollin.
“Baldio” tem dramaturgia do paraibano Astier Basílio, no palco cinco atores em quadros cênicos que abordam histórias reais do próprio grupo. Um atravessamento de temas, como: a morte, o estar-no-mundo, a possibilidade do encontro; que se costuram por meio dos relatos, em uma junção de cena com o audiovisual e a literatura.

Este seria o começo para falar sobre ‘baldio’ espetáculo que trouxe consigo diversos parceiros que trabalharam na concepção e realização do projeto que estreou em Fortaleza em março de 2015, no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno – UFC espaço simbólico para o grupo, pois marcou a culminância de três anos de residência artística realizada no espaço (2012-2015).

A figura do cão, precisamente, do vira-latas, em sua dimensão de abandono, constituiu a dobra a partir da qual memória e representação questionaram seus limites e desenharam a moldura de “baldio”. O texto foi originado durante o próprio processo de criação, com assinatura do dramaturgo paraibano ganhador do Prêmio Funarte de Dramaturgia (2014). A direção se dá em parceria com Héctor Briones, coordenador do grupo de pesquisa Laboratório de Poéticas Cênicas e Audiovisuais (LPCA) do ICA-UFC. Com menos de 01 ano de existência, o espetáculo já foi contemplado com o Prêmio Funarte de Internacionalização: Apoio à tradução de Espetáculos Teatrais, ao todo foram dez projetos selecionados de todo o Brasil, do Ceará foram selecionados: “BrTrans” do Coletivo As Travestidas e “Baldio” do Grupo Pavilhão da Magnólia. O projeto prevê a tradução do texto “baldio” para língua espanhola, remontagem e legenda da obra. O espetáculo tem classificação 18 anos.

Para as crianças, o grupo traz seu mais novo espetáculo, o infantil “Ogroleto”, com enredo sobre aceitação das diferenças na infância, o espetáculo é uma parceria entre o grupo teatral cearense com o diretor Miguel Vellinho da Cia Pequod -RJ.

Um menino, ao começar a frequentar a escola, passa a fazer vários questionamentos sobre sua natureza de ogro, até então desconhecida, e a desbravar outro mundo além daquele que sua mãe costumava apresentar a ele. Com temas que envolvem a descoberta do medo, da dúvida e da aceitação das diferenças ainda na infância, com texto original da dramaturga canadense Suzanne Lebeau, que há mais de 35 anos se dedica ao público jovem e infantil. A classificação indicativa do espetáculo é a partir de 7 anos.

O espetáculo teve estreia em 2015, no Festival Internacional de Teatro Infantil no Ceará (TIC), que aconteceu em Sobral. “Ogroleto” é fruto de um intercâmbio cultural entre os estados do Ceará e do Rio de Janeiro, já que o diretor Miguel Vellinho é professor do curso de Teatro da Unirio e da Cia PeQuod – Teatro de Animação (RJ), sendo também vencedor de premiações como o Prêmio Zilka Sallaberryde Teatro Infantil, em 2011, e o Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem,em 2014. O elenco de “Ogroleto” conta com os atores Nelson Albuquerque e Silvianne Lima, e o figurino é assinado por Yuri Yamamoto, vencedor do quadro “Como manda o figurino”, do Fantástico, da TV Globo, em 2015.

O Pavilhão da Magnólia
Surgido em 2005, o Pavilhão da Magnólia é um dos expoentes grupos de teatro de Fortaleza, com uma prática voltada para ações que movimentam a cena cultural da cidade. Com produções para o palco e a rua, para o público adulto e o infantil, o Pavilhão produziu espetáculos como: “A revolta das coisas (2005)”, “O pássaro azul (2008)”, “Pétalas” (2009-2016), “Festa” (2012) e “Baldio” (2015). Além dos espetáculos, festivais e atividades formativas, o coletivo tem em seu histórico a revitalização de dois espaços culturais na Capital: o Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno (TU) e Teatro Carlos Câmara (TCC), este último com o projeto “Centro em Cartaz”.



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