Entretenimento

Espetáculo ‘Tennessee Me’ volta a cartaz em João Pessoa


07/08/2019

Tennessee Me - Foto: Stéfano Sendtko

A montagem teatral Tennessee Me volta a cartaz de 09 a 18 de agosto, sempre de sexta a domingo, às 20h, na Sala Vladimir Carvalho, na Usina Cultural Energisa. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia e antecipado), vendidos antecipadamente através da equipe de produção e elenco (Cia Argonautas para contato através das mídias digitais).

O espetáculo surgiu da ideia de fazermos uma homenagem a um dos dramaturgos mais importantes do século XX, Thomas Lanier Williams, mais conhecido como Tennessee Williams.

Nos deparamos com as obras curtas deste autor, que questionava temas como a opressão sexual, racial e social, revelando em seu estilo, às vezes, tamanha violência e crueza. Suas tramas se desdobram, normalmente, na região sul dos EUA, em um ambiente tumultuado, povoado por psicopatas e pessoas deslocadas socialmente. Ele foi o escritor teatral mais inspirador do período pós-guerra.

Uma marca deste autor é o uso de elementos musicais, de luz e de cores, que procuram simbolizar os estados emocionais dos personagens. Além do que, muitas de suas obras são caracterizadas pelo realismo psicológico. Deste modo, escolhemos três de suas obras curtas para o espetáculo: 

FALA COMIGO DOCE COMO A CHUVA – A história da conturbada relação de um jovem casal, que ao longo do tempo foi se desgastando a tal ponto em que não conseguem mais se relacionar. Tem início o embate entre os desejos de cada um, num momento caótico de sua relação. A solidão, o passado e o incerto futuro norteiam e desnorteiam as mentes dos dois personagens.

ESSA PROPRIEDADE ESTÁ CONDENADA – Retrata a história de Willie, uma menina de 13 anos envelhecida pelo tempo. Em um de seus devaneios ela encontra Tom, um garoto um pouco mais velho com quem compartilha sua infância de perdas, lembranças da irmã, sua realidade de ilusões e o ser mulher. O garoto e a menina se envolvem entre brincadeiras, esperanças e medos, enquanto Willie trilha um caminho sem volta, que sempre a leva de volta para casa no fim do dia.

E CONTAR TRISTES HISTÓRIAS DAS MORTES DAS BONECAS – Uma noite pode vir acompanhada de reviravoltas imprevisíveis. Depois de um papo leve em um reconhecido bar da cidade, Candy Delaney, um jovem adulto de sorriso fácil e de uma delicadeza que denota algo a mais sobre sua vida íntima, se encaminha para seu apartamento no bairro francês com uma novidade: a companhia de uma figura marcada numa cidade costeira, Karl, um marinheiro jovem, de um olhar distinto, cuja tradução navega entre a ingenuidade e a malícia. Em seu habitat, Candy despoja-se de qualquer discrição e deságua em devaneios sobre seu passado e sobre suas conquistas com um único objetivo: capturar o interesse e a atenção de Karl. Em um jogo onde a atração e a repulsa ditam o ritmo, o casal inicia um ritual de sedução onde dominador e dominado se confundem permanentemente até o fim da trama.

Estas peças marcantes, de apenas um ato cada, nos revela o lado mais sutil e dramático do dramaturgo que incendiou a Broadway e o teatro americano.

         

NOVIDADES NO ELENCO

         Nesta nova temporada, o elenco do espetáculo está renovado. Dois dos atores da montagem inicial, Brunno Hofmann e Eslia Maria, precisaram se ausentar da Companhia por motivos profissionais, mudando-se para outros Estados. E para resolver isso, foi aberto um processo de seleção de elenco para atores e atrizes de João Pessoa e proximidades, em que vivenciaram duas etapas: vivência com elenco e cenas com textos da montagem. Após os dois dias de audição, dois nomes foram escolhidos: Gabriela Logrado e Ricardo Lohrd. Ambos têm o perfil, a técnica e a vontade de levar Tennessee Me adiante.

FICHA TÉCNICA

Elenco  Gabriela Logrado, Leandro Nobre, Micaell Wouglle, Raíssa Gama e Ricardo Lohrd.

Dramaturgia – Tennessee Williams

Direção – Tony Silva

Assistente Direção – Fernanda Maranho

Iluminação – Giuliano Barreto 

Sonoplastia – Fernanda Maranho

Produção – Bruno Hajer

Figurino – Sanzia Márcia

Cenografia – Diego Magal

Realização  – Cia. De Teatro Argonautas



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