Economia & Negócios

Especialistas debatem planejamento estratégico do Nordeste

7 ANOS DA NORDESTE


30/07/2013



O que o Nordeste precisa para crescer mais? A rodada de diálogos que aconteceu no fórum " abriu o debate Desafios do Brasil, o Papel Estratégico do Nordeste", apresentou uma discussão contemporânea e importante sobre o futuro dos nove estados diante da conjuntura de 2014 em diante. O evento aconteceu nesta segunda-feira(29) no auditório do empresarial JCPM, no Recife, e reuniu empresários, economistas, políticos e jornalistas.

O evento foi comemorativo ao aniversário de sete anos da Revista NORDESTE, do Grupo WSCOM. O jornalista e diretor presidente do Grupo, Walter Santos, abriu o debate falando um pouco da história da publicação, e do papel que ela representa dentro do mercado editorial e de conteúdo. "É um grande desafio manter um empreendimento num setor tão competitivo, como é o mercado editorial. Temos que enfrentar uma série de problemas, até mesmo o preconceito enfrentado por termos uma publicação editada, produzida e impressa na região Nordeste", discursou.

Walter Santos destacou o papel do Nordeste dentro da economia brasileira e chamou a atenção para espaços que a Região ainda não ocupou, mas que tem aspectos favoráveis, como a localização, potencialidade e pelas mentes pensantes que existem. "Estamos prontos, e essa discussão temos que travar e a Revista NORDESTE, está pronta para não apenas fazer conteúdo, mas para fazer história", destacou.

Tânia Bacelar: necessidades na área de infraestrutura
Para uma região crescer, é preciso que ela tenha um ambiente propício a chegada de novas empresas e facilidades encontradas nas grandes metrópoles que possibilitem o aumento da cadeia produtva, em todas as áreas. A economista Tânia Bacelar mostrou em mapas e gráficos os investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura no Brasil e que em sua maioria não atingem o Nordeste como deveria ou de forma deficitária.

Ela citou os casos das ferrovias e das concessões de rodovias, mostrando que as concessões, por exemplo, param na Bahia, não contemplando os demais estados da Região. Já com relação das ferrovias, apesar de a região está melhor servida, os investimento acontecem de forma deficitária, já que as ferrovias da região não estariam completas, do ponto de vista da integração com as outras.

Tânia lembrou ainda que das 50 fábricas de automóveis que existem no país, apenas duas estão no Nordeste e que elas só vieram para Região por conta de pressão política. Entre os pontos positivos destacados por Tânia, estava o aumento e a interiorização do ensinos técnico e superior.

Armando Monteiro: PPP´s e união política
O senador pelo estado de Pernambuco, Armando Monteiro Neto (PTB), também participou do debate. Ele defendeu um regime diferenciado para as Parcerias Público Privadas (PPP’s) no Nordeste e cobrou mais união da classe política por um desenvolvimento integrado da região.

Para o senador, as PPP’s no Nordeste deveria contar com um incentivo a mais para que os empreendimentos pudessem alcançar resultados num prazo parecido com que acontece em regiões mais desenvolvidas. "O que eu quero deixar aqui é uma mensagem que nos coloca o desafio, de pensar o Nordeste de forma mais solidaria e integrada. Uma visão de desenvolvimento regional", declarou.

Ele cobrou ainda, mais união da classe política para cobrar ações de desenvolvimento para a Região. "O Nordeste tem uma boa representatividade no Congresso, mas não tem sabido usar isso para pressionar por melhorias para região".
 



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