Paraíba

Entenda a crise da CDL João Pessoa; proposta de extensão de mandato resulta na renúncia do vice-presidente

O estatuto da entidade prevê eleições a cada três anos, entretanto, em 2024 completaria dois anos sem novas eleições, sendo assim, dois mandatos diretos.


05/04/2024

(Foto: Divulgação)

Anna Barros/ Redação Portal WSCOM



Nos últimos dias, veio à tona uma crise interna na Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL/JP). O vice-presidente Sérgio Miranda, por meio de uma carta oficial, comunicou a renúncia de seu cargo que ocupava desde 2018 no mês de março.

Na carta, Sérgio explicita o motivo da decisão: não concordar com o tempo de prorrogação do mandato. O estatuto da entidade prevê eleições a cada três anos, entretanto, em 2024 completaria dois anos sem novas eleições, sendo assim, dois mandatos diretos.

Além da carta, um áudio foi atribuído à Sérgio Freire. Neste áudio, ele estaria comunicando sua decisão diretamente ao presidente da CDL, Nivaldo Vilar. Além de explicar o seu ponto de vista da situação, Sérgio diz que soube a partir de terceiros sobre uma reunião onde teria sido firmada a prorrogação do mandato até 2029.

“Quando completamos 6 anos de mandato, você como presidente e eu como vice, eu fiz uma reunião com você, que estava presente Rodrigo Cursino, Emanuel e nessa reunião deixei claro para você que já era um absurdo 6 anos e que se você viesse para uma reeleição, porque foram seis anos de prorrogação, se você viesse para uma reeleição me avisasse, porque eu não coopero com com esse tipo de coisa. Eu acho que tem que haver a oxigenação do sistema e que tem que ser troca de cadeiras. Eu tenho um pensamento que um mandato máximo seria 4 anos sem reeleição e nunca mais essa pessoa poderia ser presidente da entidade. Esse é o meu pensamento”, afirmou Freire, no áudio.

“Para minha surpresa, eu fiquei sabendo através de terceiros, que houve uma reunião na Entidade Nacional, que decidiu-se a prorrogação novamente até 2029. Ou seja, a gente sairia – a gente porque eu sou vice-presidente – de 2018 até 2029, ou seja, 11 anos de mandato. Não, não!”, continuou.

Em resposta, o presidente afirmou que será convocada a assembleia exigida por Freire. “Não se preocupe, Sérgio, que assim que chegar o ofício, quando nós formos oficializados, a gente vai convocar essa assembléia à discutirmos as determinações da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas)”, disse. Além disso, Nivaldo também deixou estendido o convite para conversar pessoalmente com o ex-vice-presidente.

Até o momento, ainda não foi confirmada a prorrogação citada pelo ex-vice-presidente, nem mesmo a data das próximas eleições.



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