Economia & Negócios

Empresas paraibanas têm segunda maior taxa de sobrevivência do país

Bom negócio


10/07/2013

As empresas paraibanas destacam-se nacionalmente por sobreviverem aos dois primeiros anos de vida. Na Paraíba, 80% dos negócios abertos superaram as dificuldades iniciais e mantiveram-se no mercado. Os dados são do estudo “Sobrevivência de Empresas”, divulgado pelo Sebrae, nesta quarta-feira (10). A pesquisa mostrou também que, no país, a taxa registrada foi de 76% e, na região Nordeste, 71%. A Paraíba foi o Estado com o segundo maior índice de sobrevivência, ficando atrás apenas de Minas Gerais (81%). Entre as capitais, João Pessoa também obteve a segunda melhor colocação, com 79%.

Para o superintendente do Sebrae Paraíba, Luiz Alberto Amorim, a taxa positiva do Estado se deve ao melhor preparo dos empreendedores na condução de seus negócios, associado a um ambiente legal mais propício, com diminuição da carga tributária. “O empresário que gerencia um pequeno negócio está cada vez mais consciente da importância de sua capacitação e preparação para o mercado e isso acontece tanto com o empreendedor de empresa formal, quanto os informais”, destacou.

O superintendente lembrou que apenas na última Semana Nacional do Microempreendedor Individual, realizada entre os dias 1 a 6 de julho, foram atendidos cerca de 4 mil empreendedores paraibanos em todo o Estado. No primeiro semestre deste ano, o Sebrae Paraíba atendeu mais de 17 mil pessoas, entre capacitações e orientações técnicas presenciais.

Além dos dados gerais dos estados, a pesquisa segmentou a sobrevivência das empresas por setores. Na Paraíba, o setor de comércio foi o que apresentou maior índice (83,8%), seguido da indústria (80,2%), construção civil (76,8%) e serviços (72,5%). Nacionalmente, é a indústria que possui maior taxa de sobrevivência, com quase 80%. Em seguida, aparecem comércio (77,7%), construção civil (72,5%) e serviços (72,2%).

O estudo foi elaborado a partir da base de dados da Secretaria da Receita Federal, focando a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos de atividade, abertas em 2009. Nesse período inicial, a empresa ainda não é conhecida no mercado, não possui carteira de clientes e, muitas vezes, os empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão.

Este é o segundo estudo sobre o tema realizado pelo Sebrae. No primeiro, quando tomou-se por base as empresas abertas em 2007, a Paraíba obteve uma taxa de sobrevivência de 78,5%, sendo também superior à média do país, que foi de 73,6%, e empatando em segundo lugar no ranking nacional, com o Estado de Roraima.

Resultado por capitais: destaque para João Pessoa

Entre as capitais, as três maiores taxas de sobrevivência são as de Brasília (79,8%), João Pessoa (79,3%) e São Paulo (77,9%). As três menores taxas são de Rio Branco (52,3%), Manaus (53,5%) e Recife (55,3%). Em geral, as taxas de sobrevivência nas capitais são menores que as verificadas na média de seus respectivos estados, apontou o estudo. A taxa média das capitais é de 72%, contra 76% na média nacional.

Outro destaque da Paraíba foi a cidade de Campina Grande. Quando analisados os principais municípios do país, Campina destacou-se com empresas com taxa de sobrevivência de 84%, superior à média do Estado e da Capital.

Capacitação

Preparar a entrada no mundo dos negócios é o primeiro passo para ter sucesso com uma empresa. De acordo com o Sebrae, elaborar um plano de negócios, avaliar sua capacidade financeira e não misturar as contas pessoais com as da empresa são algumas das principais dicas.

Em todo o Brasil, o Sebrae oferece consultorias, treinamentos, palestras, seminários, eventos, publicações, entre outros serviços, muitos deles gratuitos. O atendimento pode ser feito presencialmente em um dos mais 700 pontos de atendimento no País ou ainda pela Internet (www.sebrae.com.br) ou pelo telefone (0800 570 0800). Na Paraíba, há nove agências do Sebrae distribuídas em todas as regiões (João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Araruna, Pombal, Cajazeiras, Patos, Monteiro e Sousa).

Veja dez dicas para a sobrevivência da empresa:
1) Planeje-se sempre;
2) Respeite sua capacidade financeira;
3) Não misture as finanças da empresa com as pessoais;
4) Fique de olho na concorrência;
5) Prospecte novos fornecedores;
6) Tenha controle do seu estoque;
7) Marketing não se resume a anúncio, invista em outras estratégias;
8) Inove, mesmo que seja um produto/serviço de sucesso;
9) Invista sempre na formação empresarial;
10) Seja fiel aos seus valores e ao do seu negócio .



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //