Economia & Negócios

Empresas do grupo de Eike Batista têm prejuízo bilionário no segundo trimestre

2º bimestre


15/08/2013



Cinco empresas que fazem parte do grupo EBX e têm açôes na bolsa registraram um prejuízo bilionário no segundo trimestre do ano. Juntas, a mineradora MMX , a companhia de logística LLX , a petroleira OGX , o estaleiro OSX e a empresa de energia MPX tiveram prejuízo de R$ 6,2 bilhões no período

O grupo, controlado pelo empresário Eike Batista, vive uma crise de credibilidade perante investidores ao anunciar resultados abaixo do esperado.

O maior tombo foi registrado pela petroleira OGX: seu prejuízo foi de R$ 4,7 bilhões no período, quase seis vezes maior do que os R$ 804,6 milhões registrados nos três meses anteriores.

Ela é seguida pela mineradora, com perdas de R$ 441,5 milhões; a de energia, que teve prejuízo de R$ 233,2 milhões; o estaleiro OSX, que perdeu R$ 149,1 milhões; e a empresa de logística, que perdeu R$ 73,6 milhões.

O resultado da petroleira foi impactado pelos R$ 3,6 bilhões de provisão para perda dos investimentos nos campos de Tubarão Azul, Tubarão Areia, Tubarão Gato e Tubarão Tigre; R$ 491 milhões referentes a poços secos e áreas subcomerciais devolvidas à Agência Nacional do Petróleo (ANP); R$ 491 milhões de despesas com variação cambial; e ainda R$ 779 milhões por compensações devidas à OSX, empresa do grupo com a qual tinha contratos comerciais.

Reestruturação

Com o objetivo de recuperar valor, o grupo EBX passa por um processo de reeestruturação no qual Eike Batista deve ceder o controle das empresas para investidores.

O empresário já havia renunciado ao controle da sua empresa de energia, a MPX, há três meses. A alemã E.On terá, com um aumento de capital anunciado, 38% da empresa, enquanto a participação de Eike deve atingir 24%. Ele não irá participar da operação de capitalização da empresa.

Nesta quarta-feira (14), foi a vez do controle da LLX ser cedido para o fundo EIG, do setor de infraestrutura. A empresa anunciou que Eike, apesar de sair do controle, deve continuar sendo um acionista "relevante", sem detalhar qual será a sua participação.

No decorrer do trimestre, a OGX vendeu 40% de participação nos blocos BM-C-39 e BM-C-40. que contém o Campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, para a Petronas Brasil E&P Ltda, por US$ 850 milhões.



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