Paraíba

Emerson Machado vive noite de Pop Star e nega autoria do “toque de recolher”

'NÃO FUI EU"


24/11/2013

O repórter de Rádio e TV do Sistema Correio, Emerson Machado, mais conhecido na Paraiba com o bordão / apelido “MoFi”, constatou na noite e madrugada de sábado para domingo que vive a fase de Pop Star em face de sua atuação no programa policial no qual utiliza expressões populares gerando proximidade e fama junto às camadas D e E. Na Procissão de Nossa Senhora da Penha, ele negou ter sido responsável pela boataria da quinta-feira em João Pessoa quando os bairros da praia foram esvaziados com informação de que bandidos iriam vingar morte de líder traficante do bairro São José.

– Este é mais um absurdo que se comete, pois não tenho nada a ver com isso – relatou o famoso multimídia em contato com a reportagem do WSCOM negando qualquer participação sua, embora o Governo do Estado tenha atribuído a esse boato, mais do que a realidade, o tumulto causado naquela noite.

Emerson Machado considera o caso encerrado, mas não assume a autoria. “Sou um profissional popular, que não se nega a estar próximo do povo, e sei da minha responsabilidade para evitar problemas”, argumentou.

Para ele, contudo, há setores da Policia Militar vivendo fase de exaustão. “Olha, com base nos depoimentos e informações que nos chegam diariamente, o clima não está nada bom por conta da super carga e outros fatores não revelados por eles”.

POPULAR – Durante toda a trajetória da Procissão, a reportagem pode atestar o alto grau de popularidade de Emerson Machado sempre citado por populares em face de seus bordões, a partir do principal “Meufi”.

O profissional precisou parar diversas vezes para fazer fotos com crianças, jovens e moças reverenciando o caráter popular de Emerson Machado.

A CARA DO POVO EM NOVA VERSÃO

                    Por Walter Santos

A fama de Emerson Machado, da mesma forma que seu companheiro Samuka Duarte, nos últimos tempos a partir de João Pessoa,  tem a ver com identificação mais próxima possível que seu jeito desengonçado construiu na relação com as camadas populares mais humildes da sociedade por expor os problemas policiais de tanta audiência nas TVs em linguagem também popular.

O fenômeno midiático expressa ainda a semelhança da linguagem utilizada por Emerson Machado, sobretudo com “Mofi” – uma caricatura de expressão popular que entrou no gosto do povo levando-o a este patamar de proximidade com os telespectadores e ouvintes das classes D e E perpassando para outras camadas sociais.

Se reparar bem, a imagem consolidada do repórter destemido sempre chegando em cima do lance, melhor dizendo, dos fatos policiais mais grotescos, assegura o diálogo intencional de proximidade de gostos e imagens como que traduzindo todo o contexto na expressão famosa de Walter Clark, pioneiro da Rede Globo, de que o povo gosta se ver na TV – nesse contexto Emerson é seu personagem preferido da contemporaneidade por se identificar com o povo.

Em síntese, a longevidade do profissional vai depender muito dele porque, em face da popularidade reconhecida, enveredar por outras intenções comumente buscando ser candidato a um cargo eletivo pode até fazê-lo vencedor momentâneo mas, com esse movimento, também pode perder toda a fama e prestigio que alcançou.

 

 



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