O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) emitiu uma ‘tréplica’ contra o governador Ricardo Coutinho (PSB), na tarde desta segunda-feira (23). Ele afirmou que o socialista não consegue reconhecer o trabalho de outros governantes e que continuará sendo uma voz ativa das pessoas humildes vítimas de “perseguições políticas”.

"É assim comigo quando ele não reconhece todo o trabalho de ajuste fiscal que foi feito além de todas as ações de planejamento e captação de recursos que possibilitaram que obras pudessem ser iniciadas”, disse Cássio ao lembrar o canal Acauã-Araçagi e o Centro de Convenções de João Pessoa.

Cássio ainda acusou o governador de se portar como um “caroneiro” em sua trajetória política e administrativa. Segundo o tucano, a Paraíba não conhece obra relevante que tenha sido pensada por Ricardo Coutinho, “sempre pegou carona nas ações que foram iniciadas durante a minha gestão e no período em que José Maranhão governou o Estado, mas ele insiste em manter o espírito caroneiro”.

Cássio destacou ainda que vai manter a posição de manter a cobrança das promessas feitas por ele em 2014 durante as eleições, a exemplo do Centro de Convenções de Campina Grande, do Hospital de Santa Rita e do Hospital de Trauma do Sertão. O líder do PSDB no Senado cobrou ainda as parcerias entre Estado e Prefeitura de João Pessoa, cujos posicionamentos eram opostos até a formalização de uma aliança política, nas eleições de 2014.

Cássio declarou ainda que Ricardo não compreende que o papel da oposição é justamente fiscalizar os desmandos administrativos e cobrar as promessas feitas por ele durante a campanha e daí parte para o mero embate político enquanto a Paraíba passa por gravíssimos problemas por causa da incompetência dele, principalmente na segurança pública em que presenciamos uma verdadeira guerra civil no Estado, além do caos na saúde e na educação.

Entenda
Pela manhã, o governador Ricardo Coutinho voltou a afirmar que Cássio Cunha Lima estaria "desequilibrado" e que ainda não teria assimilado a derrota nas eleições de 2014. Na oportunidade, o socialista afirmou que o senador nunca precisou trabalhar, pois, simplesmente “nasceu em berço de ouro”, herdando uma atuação política deixada pelo pai, o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (in memoriam).