Educação

Em Puxinanã, professora incentiva leitura em sala de aula e conta que alguns alunos já leram mais de 115 livros no ano


23/10/2024

(Foto: Divulgação)

Portal WSCOM



Em uma sociedade contemporânea, dedicada à tecnologia e focada em dados, muito se discute sobre a queda no aprendizado e a falta de engajamento dos estudantes. No entanto, professores ressaltam um fator essencial para envolver suas turmas: o afeto.

A construção de uma relação de confiança entre educadores e alunos tem sido reconhecida como um pilar para o sucesso escolar há séculos, cujas ideias influenciaram pedagogos dos séculos XIX e XX no movimento da Escola Nova. No Brasil, Paulo Freire reforçou essa ideia ao afirmar que um gesto aparentemente insignificante pode “valer como força formadora”.

Em Puxinanã, na Região Metropolitana de Campina Grande, Paraíba, a professora Adrielly Rayanne Dantas da Silva, 25 anos, destaca como a relação construída com seus alunos gerou resultados significativos na trajetória escolar. Ela leciona para estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Escola Municipal Cícero Gonçalves dos Santos, na zona rural.

Para ela, a chave para conquistar a confiança de seus alunos foi estabelecer uma parceria em sala de aula. “É preciso entender as limitações de cada estudante e compreender a realidade em que vivem. Construir uma relação de amizade e ganhar a confiança deles não diminui, em nenhum momento, o respeito na sala de aula,” reflete.

Adrielly implementou o projeto do Leitômetro, um índice que registra os livros lidos por cada aluno. “Eu esperava que cada um lesse um livro por semana, mas eles ficaram tão motivados que alguns já leram mais de 115 livros só neste ano” conta.

Os resultados são expressivos: sua turma, que inicialmente apresentava 0% de adequação segundo o Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada, atingiu 63% na segunda avaliação, com a maioria dos alunos se tornando leitores fluentes.

Respeito às individualidades
A especialista em educação do Grupo Eureka, doutora em Políticas Públicas de Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cintia Bianchi, explica que a relação professor-aluno, baseada no afeto e na confiança, cria um ambiente pedagógico que valoriza a individualidade do estudante. “Essa interação, além de humanizar o processo educativo, favorece a inclusão e a construção colaborativa de saberes, rompendo com modelos hierárquicos e tornando a aprendizagem mais significativa e emancipatória”, considera.

Parceiro de redes públicas de ensino em mais de 30 municípios e estados brasileiros, o Grupo Eureka, segundo Cintia, considera o professor como o principal protagonista do processo educativo. Ela explica que o conteúdo editorial é elaborado a partir da escuta ativa dos docentes, realizada durante as formações continuadas, garantindo que as necessidades reais das salas de aula sejam atendidas. “Nosso trabalho só faz sentido quando ouvimos quem está na linha de frente da educação: os professores. É a partir de suas experiências e desafios que construímos soluções educacionais que realmente impactam a aprendizagem”, explica a especialista.

Um dos recursos nesse contexto é o Ambiente de Aprendizagem Virtual, chamado Eureka Digital, que colabora com estudantes, professores e gestores escolares para a melhoria da qualidade da educação, agregando conteúdos, ferramentas e interatividade.



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