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Em novo depoimento, Bruno diz que “sabia e imaginava” que Eliza seria morta

Julgamento


07/03/2013



 O goleiro Bruno Fernandes admitiu na manhã desta quinta-feira que sabia de antemão que Eliza Samudio seria assassinada. A nova versão abre caminho para que o ex-goleiro do Flamengo tenha a pena reduzida. “Sabia e imaginava. Pelas brigas constantes, pelo fato de ter entregue o dinheiro ao Macarrão”, disse ele.

O objetivo do novo depoimento foi ajustar o discurso da defesa para a fase dos debates, que começou por volta das 11h30. Os advogados vão alegar que Bruno se omitiu diante do plano de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, de assassinar Eliza.

“Percebi na imprensa hoje que havia dúvida sobre a omissão do Bruno. Faltou dizer que ele sabia? Então ele disse que sabia”, afirmou o advogado Lucio Adolfo.

Adolfo e o promotor Henry Vasconcelos bateram boca no plenário sobre a possibilidade de que tenha havido um acordo para que Bruno tivesse a pena reduzida e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, acusada de ter sequestrado o filho de Eliza, fosse absolvida.

“Não faça cena diante do júri porque nunca houve acordo”, disse o promotor.

Apesar da negativa, informações sobre um possível acerto em torno da absolvição de Dayanne circulam há pelo menos dois dias. Na terça-feira fontes do Ministério Público e da defesa disseram ao iG que havia uma negociação para que Dayanne entregasse o ex-policial José Lauriano, o Zezé, em troca da absolvição.

Zezé é objeto de um inquérito por supostamente ter participado do crime. Ele e Macarrão trocaram dezenas de telefonemas às vésperas do assassinato.

Segundo fontes do MP e da defesa, caberá ao advogado José Arteiro, assistentes de acusação por parte da mãe de Eliza, Sonia de Moura, pedir a absolvição da ex-mulher de Bruno. A defesa de Dayanne vai usar a tese da “coação moral irresistível”, ou seja, que ela foi ameaçada por Zezé a ficar com o filho de Eliza em vez de entrega-lo à Justiça.



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