Futebol

Em jogo maluco, São Paulo passa sufoco, mas elimina Emelec e vai à semi da Sul-A

Sulamericana


06/11/2014

Gol com 20 segundos. Pênaltis que foram… pênaltis. Duas viradas. Golaço de contra-ataque. Sustos e mais sustos. Jogadas de habilidade. Um duelo que, após a tensão da véspera, teve provavelmente quase todos os ingredientes de um bom jogo de futebol.

Foi esse o resumo do jogo entre Emelec e São Paulo nesta quarta-feira, no estádio George Capwell, em Guayaquil. Os equatorianos venceram a partida por 3 a 2, mas quem levou a vaga foi o time brasileiro, vencedor do duelo no agregado por 6 a 5. Alan Kardec e Ganso fizeram para o clube paulista. Bolaños, três vezes, completou o placar.

Na semifinal, o São Paulo enfrentará o vencedor do jogo entre o Atlético Nacional, da Colômbia, e o Universidad Cesar Vallejo, do Peru.

O árduo para o time de Muricy Ramalho não demorou a ser construído. Após ser impedido de treinar com bola no estádio na última terça-feira, a equipe viu a vantagem de 4 a 2 construída no Morumbi ser abalada com apenas 20 segundos de jogo, quando Bolaños aproveitou bom passe nas costas da defesa e definiu bem na saída de Rogério Ceni: 1 a 0.

Se refazer do susto inicial não foi tão complicado. Com mais posse de bola e aparentemente sem grande pressa, o São Paulo deixou tudo igual aos 28 minutos. Michel Bastos levantou bola na área, Paulo Miranda desviou e Alan Kardec completou para o fundo das redes.

Aos 39 minutos, a virada. Em contra-ataque, Michel Bastos acionou Souza na ponta direita. O volante cruzou para o meio. Kaká, espertamente, protegeu e a bola e, de costas para o gol, abriu na esquerda. Ganso, com um toquinho, fez. Golaço, e 2 a 1.

Mas a aparente sensação de controle desapareceu por completo no segundo tempo.

Com dois minutos, Paulo Miranda chutou a canela de Moldaini dentro da área. Pênalti. Bolaños cobrou e empatou. Aos oito minutos, Álvaro Pereira deu um carrinho para cortar o cruzamento dentro da área. A bola pegou no seu braço. Outro pênalti. Bolanõs cobrou com firmeza: 3 a 2.

O Emelec precisava de pelo menos mais um gol para empatar a disputa. E pressionou de maneira intensa até o fim um adversário incapaz de encaixar um único contra-ataque. Por duas vezes, o grito parou na trave. Em outras duas chances mais claras, Rogério Ceni conseguiu defender.

No sufoco, o São Paulo, incomodado com a personificação de guerra da partida, conseguiu a vaga.

FICHA TÉCNICA
EMELEC-EQU 3 X 2 SÃO PAULO

Local: Estádio George Capwell, em Guaiaquil (Equador)
Data: 5 de novembro de 2014 (quarta-feira)
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Assistentes: Francisco Modria (CHI) e Sergio Román (CHI)
Cartões amarelos: Giménez, Bolaños, Mena (Emelec); Paulo Miranda e Ganso (São Paulo)
Gols: EMELEC: Bolaños, a um minuto do primeiro tempo, a um minuto (pênalti) e aos seis minutos do segundo tempo (pênalti)
Alan Kardec, aos 28, e Ganso, aos 39 minutos do primeiro tempo

EMELEC: Dreer; Narvaéz (Charcopa), Achilier, José Luis Quiñónez e Bagüí; Pedro Quiñónez (Mondaini), Lastra e Giménez; Mena, Herrera (Gaibor) e Bolaños
Técnico: Gustavo Quinteros

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Hudson, Paulo Miranda, Edson Silva e Álvaro Pereira (Ademilson); Denilson e Souza; Ganso, Kaká (Osvaldo) e Michel Bastos; Alan Kardec (Lucão)
Técnico: Muricy Ramalho



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