Política
Em áudio vazado, Julian Lemos cita troca de cargos por votos a favor da reforma da Previdência, diz jornal
Áudios vazados foram divulgados pelo jornal 'O Globo' neste sábado (16).
16/03/2019
O deputado federal Julian Lemos (PSL), em áudio vazado entre assessores do Palácio do Planalto e divulgado em rede nacional, neste sábado (16), relata que parlamentares tem exigido e negociado cargos em troca de votos favoráveis à reforma da Previdência, esse que é considerado o primeiro grande desafio do governo Jair Bolsonaro (PSL).
As informações são do jornal ‘O Globo’. De acordo com a publicação, na gravação, Julian relatou, em conversa com o secretário-geral do PSL na Paraíba, Fábio Nóbrega, que conseguiu, junto ao ministro Onyx Lorenzoni, garantir para si a prerrogativa de indicações para cargos de direção na Fundação Nacional da Saúde (Funasa) da Paraíba e na sede regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O jornal destacou que o parlamentar paraibano contou que vai conseguir, “logo de cara”, as indicações para a Funasa e o Incra e diz que ainda tentará “pegar um terceiro negócio”, ou seja, um terceiro órgão federal para indicações. O interlocutor concorda e afirma que a Funasa “é forte demais”.
A divulgação ocorreu logo após o deputado federal, em suas redes sociais, declarar que “abriu mão” de indicações em favor da nova política no Brasil.
JULIAN LEMOS SE DEFENDE E CHAMA DE ILEGAL A GRAVAÇÃO
O deputado federal se defendeu das acusações. “Não tem nada que desabone minha conduta, nenhuma conversa que seja não republicana, é uma conversa pessoal a respeito de uma conjuntura política”, disse.
CRIME
“O áudio é crime. É uma violação gravíssima, uma agressão, um fato grave. Isso aí vai rolar Polícia Federal. É extremamente absurdo isso. Não tem nada que desabone, única coisa que vejo criminosa é a gravação ilegal. Sou um deputado federal, imagine se os deputados agora têm seu sigilo telefônico quebrado”, disse.
Feita sem o conhecimento dos dois interlocutores, a gravação de fato surgiu a partir de um grampo telefônico, segundo informou uma fonte do jornal o GLOBO. Sem citar nomes, Julian Lemos atribuiu o grampo a adversários políticos.
“Descobri a fonte, descobri tudo, foi uma armaçãozinha que fizeram. Estou pegando mais informação para chegar aonde quero. É coisa minha”, disse Lemos.
Com informações do jornal O Globo
Portal WSCOM
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