Nesta terça-feira (03), a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) foi palco de discussões diretas e indiretas envolvendo três deputados: Chico Mendes, Dra. Paula e Júnior Araújo. Os interesses políticos contrários de ambos no município de Cajazeiras refletiram na sessão com respostas à intimação e ameaça de acionamento do Conselho Ético.

Em ordem cronológica, o deputado Júnior Araújo respondeu, durante a sessão, à citação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) onde ficou decidido que, caso seja replicada uma fala de sua postagem das suas redes sociais – que ficou subentendido que se referia ao pré-candidato Chico Mendes –, ele deveria pagar uma multa de R$ 5 mil reais por dia.

Na postagem, ele defendia a também pré-candidata Corrinha. “Feio seria se ela estiver sendo acusada de agressões e perseguições, se fosse ficha suja, se estimulasse o uso e consumo de drogas, se sonegar imposto, se fosse estivesse respondendo por improbidade administrativa”, dizia a postagem.

“Eu não citei e não fiz relação a quem quer que seja, mas me parece aqui que vestiram a carapuça”, disse o deputado.

Já a Dra. Paula, foi mais incisiva no seu discurso. Na ocasião, ela parabenizou todos os deputados presentes pela campanha do Setembro Amarelo, mas deixou claro que a parabenização não se estendia ao pré-candidato. A justificativa da deputada foi que o mesmo teria votado a favor do feminicídio, se referindo à ocasião em que o deputado votou contra ao projeto de enfrentamento ao feminicídio.

Apenas um, Chico Mendes, votou a favor do feminicídio. Estou também na Justiça, ele me colocou na Justiça, eu mostrando toda a documentação , peguei aqui na Assembleia a documentação, ele votando a favor do feminicídio”, declarou.

Momento depois, o deputado que participou da sessão de forma remota, combateu o posicionamento de Dra. Paula. “Falta de decoro parlamentar de forma rasgada foi cometido por parlamentares aqui de Cajazeiras, em duas ou três situações diferentes. Foi acordado, de forma respeitosa, que isso não se repetisse”, introduziu sua fala.
“É mentira, é calúnia, difamação, injúria. Eu tenho a certidão da Mesa Diretora de que nunca apresentei e votei matéria tratando de aprovar, de regulamentar feminicídio”, continuou o parlamentar.

Ele aproveitou a ocasião para relembrar outros acontecimentos envolvendo a família da deputada. “Com esse crime que a deputada comete, o esposo dela foi condenado quatro vezes em colegiado, não é na primeira instância, é no colegiado. O prefeito de Cajazeiras foi condenado quatro vezes por esse crime dele dizer que Chico Mendes aprovou matéria de feminicídio. Tem mais dez ações contra ele e a deputada deve ser condenada de igual forma porque eu já movi, aproximadamente, uma meia dúzia de ações contra ela”, expôs.

“Eu agora ingresso com um recurso, uma ação para a Comissão de Ética e eu preciso que seja apurada, já que a Justiça já se manifestou e a Justiça da Paraíba está cumprindo o seu papel e a Assembleia também precisa cumprir”, concluiu Chico Mendes.

Outros assuntos pessoais também vieram à tona na discussão, como a acusação que a Dra. fez ao seu marido, onde apontava que o mesmo gastava dinheiro dos cofres públicos com a amante.

“Quando a senhora foi à imprensa da Paraíba e disse que seu esposo tinha gasto R$ 200 mil com uma amante e roubou dinheiro da Saúde para gastar com essa amante. Impetre uma ação contra mim, deputada. Tem vídeos, áudios a senhora dizendo isso. Essa baixaria que a senhora está querendo trazer para a Assembleia eu acho que basta”, relatou o deputado.