Política
Efraim prevê divisões na base do Governo João Azevêdo para eleições de 2026: “Conta não fecha”
Parlamentar aponta disputa interna por vagas na chapa majoritária e crítica falta de harmonia entre PSB, Republicanos e PP na base do governador João Azevêdo.
24/01/2025
Cristiane Cavalcante/Portal WSCOM
O senador Efraim Filho (União) avaliou que a política de base do governador João Azevêdo (PSB) enfrentou divisões que podem resultar em uma corrida antes das eleições de 2026. Para Efraim, a disputa interna por espaços na chapa majoritária foi gerada e expôs as fragilidades no grupo governamental. “O Governo vai ter fraturas. Não tem espaço para todo o mundo, pois todos querem o mesmo lugar”, afirmou em entrevista recente, repercutida na tarde desta sexta-feira (24) na Rádio Arapuan FM.
O parlamentar destacou que as quatro vagas disponíveis na chapa – governador, vice-governador e duas para o Senado – não serão suficientes para acomodar todas as lideranças que almejam protagonismo. “Não tem quatro espaços. Os Ribeiro querem o Governo, Cícero Lucena quer o Governo, Adriano quer o Governo, o próprio Deusdeth do PSB tem a pretensão do Governo, e a conta não fecha”, analisou.
Efraim também apontou como fator de instabilidade a possível candidatura de João Azevêdo ao Senado, o que abriria caminho para Lucas Ribeiro disputar o Governo do Estado. “Quando o governador diz que o plano A dele é disputar o Senado e, com isso, Lucas é o candidato ao Governo, gerou toda essa fratura exposta que nós estamos vendendo. O Governo fez propaganda de que estava em harmonia, em sintonia, que todo mundo se entendia, e bastou uma primeira fala do governador desconcertada para que essa fratura viesse à tona”, afirmou.
O senador compromete-se ainda a posição da senadora Daniella Ribeiro, que, segundo ele, deverá buscar a reeleição. “Quem convive com Daniella no senado sabe que é natural, que a pretensão dela é continuar a ser senadora. Ela gosta de estar ali e quer ser candidata à reeleição. Abrir mão desse espaço não será fácil”, comentou. Efraim destacou também a falta de sinceridade nas políticas para acomodar os interesses do grupo. “Dizer que não vai ter dois Ribeiro na chapa não transmite sinceridade. Quem espera ou pleiteia um espaço ficou com um pé atrás.”
Efraim concluiu avaliando que os três partidos que formam a base – PSB, Republicanos e PP – disputam de forma acirrada os quatro espaços disponíveis. “Um dos partidos vai ficar com duas vagas. O PP, que tem a caneta na mão, pode muito bem pleitear essas duas vagas na chapa. Dentro da aba do Governo há desarmonia e desconfiança. Isso não chegará bem a 2026”, alertou.
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