Policial

Eduardo Paredes vai a júri popular; ele é acusado de matar Fátima Lopes

Justiça


26/03/2013

{arquivo}“Espero que nossa ansiedade tenha fim hoje”, foi o que disse a advogada Ana Carla Lopes, filha da defensora pública Fátima Lopes morta em acidente provocado, de acordo com as investigações da Polícia Civil, pelo psicólogo Eduardo Henrique Paredes do Amaral.

O júri de Eduardo Paredes está marcado para ter início às 9h desta terça-feira, 26, no 2º Tribunal do Júri Popular de João Pessoa. Esta é a terceira vez que a sessão é marcada após ser adiada devido manobras do então advogado Abraão Beltrão. Hoje o acusado pelo acidente será defendido pelo advogado pernambucano Eduardo Campos.

Os três filhos de Fátima Lopes, os advogados Davil Carol e Carla Lopes já garantiram presenças na sessão do Tribunal do Júri e acreditam que a ansiedade chegará ao fim. Davi Lopes disse que ter a certeza que a agonia da família chegará ao fim. Sua irmã, Carla Lopes tem o mesmo posicionamento, pois na última sessão, quando houve o segundo adiamento, o juiz havia deixado claro que não haveria mais adiamento.

Ao ser contratado para ser o defensor de Eduardo Paredes o advogado Eduardo Campos renunciou de vistas dos autos alegando que já havia estudado o processo. “Estamos com fé e esperança”, declarou a filha da defensora pública.

O acidente que matou a defensora pública Fátima Lopes aconteceu na manhã do Dida 24 de janeiro de 2010 em um cruzamento das Avenidas Epitácio Pessoa e João Domingos.

Fátima Lopes estava em seu veículo dirigido pelo marido e dirigiam para uma igreja no bairro de Miramar onde assistiram missa. No cruzamento, Eduardo Paredes, segundo a perícia, teria avançado o sinal vermelho quando dirigia seu veículo. a violência do impacto matou Fátima Lopes no local, enquanto que Carlos Marinho foi socorrido para o hospital de Emergência e Trauma. Ficou constatado que o psicólogo estaria embriagado e dirigia em alta velocidade.

Estratégias – A ausência do advogado de defesa do réu ou em caso de doença dele ou do psicólogo são as únicas hipóteses que podem adiar o julgamento, mesmo assim o juiz Marcial Henrique Ferraz apenas na ausência do advogado pode nomear um defensor público e a sessão será realizada.

No dia 12 deste mês, quando deveria ocorrer a sessão, o advogado Abraão Beltrão apresentou justificativa para abandonar o defesa de Eduardo Paredes alegando quebra contratual por parte do cliente “por isso não posso promover a defesa’, disse.

Na ocasião o juiz Marcial Henrique concedeu prazo de dez dias para o psicólogo apresentar um novo advogado afirmando que caso não ocorra nomearia um defensor público para dar seguimento ao processo.

Adiamentos – no dia 19 de outubro de 2012 deveria ter ocorrido o julgamento do psicólogo, mas o advogado Abraão Beltrão conseguiu o adiamento alegando problemas de saúde. O juiz resolveu marcar para o dia 19 de dezembro a nova sessão.

Em nova manobra Abraão Beltrão alegou que não havia sido notificado oficialmente sobre a sessão do júri, não comparecendo ao Tribunal e, por conta a juíza Ana Flávia Carvalho acatou o pedido da defesa. Nova data, 12 de março foi marcada e, novamente adiada para hoje.

Outro acidente com morte – Eduardo Henriques Paredes do Amaral também é acusado de atropelar e matar a dona de casa Maria José dos Santos, no bairro de Mangabeira, em junho de 2010. O inquérito desta segunda morte causada pelo psicólogo já foi concluído e tramita no 2º Tribunal do Juri.
Prisão – Eduardo Paredes está preso na sede do 5º Batalhão de Polícia Militar, localizado no bairro do Valentina de Figueiredo, em João Pessoa, desde que resolveu se apresentar a Justiça. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso (quando há intenção de matar).



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